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Saúde

Inauguração da unidade do trauma da Santa Casa é marcada para o dia 25

Redação

[Via Correio do estado]

A inauguração da obra da unidade do trauma da Santa Casa de Campo Grande foi novamente marcada, desta vez para domingo (25), às 10h. A administração do hospital afirma que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, estará presente na solenidade que foi antecipada em um mês. A previsão é de que a obra fosse entregue somente em abril, porém, para atender pedido do Ministério da Saúde a inauguração vai acontecer no fim de semana.

Ainda de acordo com a Santa Casa, a unidade não irá funcionar imediatamente, a estimativa é de que o local só comece a receber pacientes dentro de quatro meses. Isso porque a operação do local ainda depende da aprovação do plano operativo e do custeio, que deve ser de aproximadamente R$ 10 milhões por mês. Com isso o funcionamento do local pode ocorrer somente no segundo semestre deste ano, conforme já noticiado pelo Correio do Estado.

A conclusão da obra se arrasta há 23 anos - desde a década de 1990. O local inicialmente seria uma nova maternidade, projeto que foi modificado. As obras pararam pela última vez em 2013. A retomada da obra ocorreu em janeiro de 2016 e nesta nova etapa, o valor licitado foi de R$ 8.701.224,58 e a Poligonal Engenharia apresentou proposta de R$ 8.440.167.45, desconto de R$ 261.057,13, aproximadamente 3% do valor inicial. Ao todo serão R$ 32 milhões em investimentos, sendo R$ 20 milhões referente a estrutura que ficou parada desde os anos 90 e R$ 12 milhões referentes aos últimos repasses do Ministério da Saúde.

Somente este ano esta é a terceira data de inauguração prevista, inicialmente a obra seria entregue no dia 31 de janeiro e depois passou para o fim de fevereiro. Em janeiro, a Associação Beneficente (ABCG) que administra a Santa Casa, informou que houve atrasos na entrega de materiais e maquinários usados na obra, além da necessidade de refazer serviços físicos em todo o prédio, para adequar as normas da Vigilância Sanitária Estadual. A maior parte das portas tiveram que ser refeitas, para ampliar a largura permitindo acesso de macas e camas que comportem pessoas obesas. As mudanças foram determinadas pela Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária (CVISA), em vistoria realizada há aproximadamente oito meses. Outros itens não revelados pelo hospital, também precisaram ser adequados, situação que atrasou novamente a entrega.

Também desde janeiro o secretário de Estado de Saúde (SES), Carlos Coimbra e o presidente da ABCG, Esacheu do Nascimento, intensificaram as negociações para garantir o repasse do custeio da nova unidade - até agora indefinido. Reportagem publicada pelo Correio do Estado no dia 16 de dezembro do ano passado mostrou que o funcionamento de cada novo leito da unidade tem custo de R$ 79,3 mil, por mês, previsto pelo hospital. Isso porque a ABCG solicitou R$ 10 milhões de repasse extra por mês ao Ministério da Saúde.

A quantia complementar - já que atualmente o repasse mensal é de R$ 20,3 milhões - é para a operação do anexo que terá 126 leitos - entre Unidade de Terapia Intensiva (UTI - 10 leitos), enfermarias (98) e observação (18), além de cinco salas de cirurgia. Caso seja aprovado o novo custeio vai elevar o repasse anual em R$ 120 milhões, passando de R$  243,6 milhões atuais para R$ 363,6 milhões. E há possibilidade de que metade do valor pleiteado - R$ 5 milhões - seja repassado em cojunto pelo Estado e o Município. A Sesau questiona os números, pois a Santa Casa não revela como chegou ao valor do custeio e também não explica como foram feitos os cálculos.

A previsão é que a nova unidade tenha capacidade para realizar anualmente 10 mil internações, nove mil cirurgias, 500 internações, 10 mil consultas, além de ampliar os serviços de diagnósticos clínicos e de imagens. A lotação máxima do novo setor será de 252 pacientes e acompanhantes, além de funcionários. Com a retomada da obra em janeiro de 2016 a estimativa o era de terminar a construção em junho de 2017, mas foi constantemente adiada e até agora não está pronta.

A Santa Casa chegou a informou que na entrega da obra, a unidade já deveria contar com a infraestrutura necessária para funcionamento, pois os móveis e equipamentos estavam sendo adquiridos. Porém, mesmo com R$ 7 milhões disponibilizados pelo Ministério da Saúde para compra de equipamentos e móveis, o presidente da ABCG confirmou ter solicitado mais R$ 8 milhões para equipar toda a unidade.

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