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Saúde

Hospital municipal deverá custar R$ 200 milhões

Redação

[Via Correio do Estado]

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) prevê que a edificação e compra de equipamentos para o Hospital Municipal de Campo Grande custe aproximadamente R$ 200 milhões. Segundo o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, a prefeitura tenta agilizar a liberação de verbas para que o projeto ande.

Na semana passada Filho se encontrou com a bancada federal de Mato Grosso do Sul, em Brasília (DF), onde expôs a necessidade de o projeto ser colocado em prática. A ideia é fazer em Campo Grande um projeto semelhante ao de Cuiabá (MT).

“Campo Grande precisa sair desta triste estatística de ser a única capital do País a não ter um hospital municipal. Um hospital que pode reduzir a fila de cirurgias eletivas, exames, ofertar mais serviços em relação a algumas linhas que nós não temos, um aparelho complexo, para que a gente possa dar uma melhor assistência à nossa população e preparar Campo Grande para as próximas décadas”, disse Filho.

Conforme o secretário, a edificação do hospital, que deverá ter 20 mil metros² deve chegar a R$ 110 milhões. Já o aparelhamento da unidade custará entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões, valor que somado daria entre R$ 180 milhões e R$ 190 milhões. O dinheiro deverá vir de emendas impositivas à União, feitas pelos parlamentares do Estado ou mesmo de uma inclusão do projeto no Planejamento Plurianual (PPA) do Ministério da Saúde para 2020.

A expectativa do secretário é de que até o final deste ano e início do próximo o projeto da unidade já esteja no papel, porque por enquanto ele é apenas uma necessidade, “ainda não passa de um plano”.

EM DOIS ANOS

Com a verba destinada, a ideia da prefeitura é de que a construção dure entre 24 e 36 meses. A unidade deverá ter 317 leitos, assim como a que foi construída em Cuiabá. Para isso, a empresa que realizou o projeto da capital vizinha, que é de Salvador (BA), chegou a vir até a capital sul-mato-grossense para uma reunião. Além disso, no dia 25 de junho deste ano, o secretário municipal esteve em Cuiabá para conhecer o hospital municipal Dr. Leony Palma de Carvalho.

Para Filho, a construção do hospital será uma forma da administração baratear o custo gasto pelo poder público com a saúde, já que o serviço não será comprado de nenhuma unidade e sim fornecido pela própria administração.

“Quando você tem uma unidade hospitalar você pode negociar melhor. Ano passado foram gastos R$ 465 milhões com contratos com hospitais públicos e filantrópicos. É muito dinheiro e dá para melhorar a assistência com esse valor. Acredito que se tivéssemos uma unidade hospitalar própria podíamos negociar muito melhor, como por exemplo Cuiabá, que está economizando R$ 7 milhões por mês apenas pelo fato de ter uma opção no caso de uma negociação. Se comprar menos, com certeza irá economizar.”, afirmou.

Atualmente a saúde de Campo Grande depende quase exclusivamente da Santa Casa, que segundo o secretário é “um dos hospitais filantrópicos com o maior aporte do Brasil”.

Apesar de ainda não ter fechado um local para a construção, terreno localizado próximo a saída para São Paulo (via BR-262), ao lado do Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua (Cetremi), é um dos lugares possíveis para a implantação do hospital, conforme o próprio secretário. Na região, além do hospital, também seria instalado o terminal de ônibus do Bairro Tiradentes.

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