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Hospital confirma morte de indígena em conflito com policiais em Amambai

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Um indígena morreu após conflito entre indígenas da etnia Guarani Kaiowá e policiais militares em uma fazenda na cidade de Amambai, nesta sexta-feira (24).

A informação foi confirmada pelo Hospital Regional de Amambai, que está recebendo os feridos desde as primeiras horas do dia. A vítima não foi identificada, mas acreditam que ele seja um jovem entre 25 a 30 anos. A vítima chegou no hospital sem vida e com três perfurações de armas de fogo pelo corpo.

A Polícia Federal e um grupo composto por 12 policiais militares foram até a região de conflito durante a tarde. Segundo as atualizações, um helicóptero levou os PMs para a propriedade, porém, assim que chegou ao local a aeronave teria sido “alvejada” pelos indígenas. Uma foto mostra a marca de um tiro na lataria. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ao todo 100 policiais, entre militares e federais, foram mobilizados.

A propriedade rural foi ocupada pelos indígenas Guarani Kaiowá ainda na noite de quinta-feira (23), sendo que na manhã desta sexta as equipes do Batalhão de Choque foram deslocadas para atender ao chamado da comunidade para “coibir crime contra o patrimônio”. Na fazenda, houve um intenso conflito entre indígenas e policiais.

Após o novo conflito, durante a tarde, chegou a 11 o número de feridos no Hospital Regional de Amambai, entre esses estão três policiais do Choque, de 41, 38 e 26 anos, feridos no pés e pernas, porém, sem maior gravidade. Os casos mais graves são de uma jovem de 22 anos e de uma menina de 13, ambas baleadas no abdome. Outros cinco indígenas adolescentes estão sob cuidados médicos, sendo que duas já foram transferidos para Ponta Porã, onde passarão por cirurgia.

A fazenda onde o conflito ocorre pertence a uma empresa, mas o indígenas alegam ser um território ancestral denominado Kuripi/São Lucas. Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) pediu, com urgência, o envolvimento de órgãos federais, bem como do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), “a fim de controlar a situação e investigar os episódios”, detalhou.

Via Enfoque MS

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