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Grupo chinês promete retomar obras de indústria no Estado em março de 2019

Redação

[Via Correio do Estado]

Executivos do grupo chinês BBCA reafirmaram hoje, em encontro com o secretário de Governo, Eduardo Riedel, que vão retomar as obras da indústria de química fina de milho em Maracaju em março de 2019. No mês passado, o grupo assinou repactuação do termo de incentivo fiscal mantido com o governo do Estado, no qual se compromete a investir R$ 2,9 bilhões na cidade, sendo R$ 400 milhões inicialmente em 2019, para começar a operação em 2020. O número de empregos gerados deve chegar a 1.500.

Para ter o termo de adesão revalidado, a empresa apresentou cronograma de entrega de cada etapa das obras do complexo industrial – a última delas deve entrar em operação ao fim de quatro anos. Cada etapa passará por monitoramento permanente, a ser realizado pelo governo do Estado, e também deverá ter acompanhamento da prefeitura de Maracaju, que cedeu área de 70 hectares para o grupo. Atualmente apenas dois armazéns, um barracão e 30 casas, com 60 habitações para trabalhadores, estão prontos no local.

Segundo o secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Ricardo Senna, disse que o atraso para a retomada da obra ocorreu porque houve problema do ponto de vista técnico, no projeto de engenharia.

“Para o projeto que querem desenvolver, eles identificaram que Maracaju tem uma incidência de vento cuja velocidade atrapalha o projeto. Tiveram que contratar novos estudos, novos peritos para fazer uma avaliação técnica e, com base nesses estudos, eles estão readequando o projeto, daí a demora, e começam a fazer a retomada a partir de março. O projeto na sua essência não se altera”, disse Senna.

Conforme a vice-governadora Rose Modesto (PSDB), o prazo dado para início é a partir de março, sendo a volta do investimento, depois, em junho, devem chegar todos os equipamentos e em outubro deve ocorrer o início da produção.

PROJETO

O projeto da BBCA em Maracaju se arrasta desde 2013, quando a empresa visitou e confirmou que a cidade receberia o empreendimento. O lançamento oficial da construção da indústria se deu dois anos mais tarde. Atualmente, apenas dois armazéns, um barracão e 30 casas com 60 habitações para trabalhadores estão prontos no local. As vias de acesso ao complexo também estão finalizadas.

De acordo com o titular da Semagro, pesou para a concessão da repactuação do termo com a BBCA o impacto que o complexo industrial deve trazer para a cadeia produtiva do Estado.

Em anúncios anteriores, a BBCA afirmou que a fábrica de Maracaju será uma unidade industrial química a partir do processamento do milho e da cogeração de energia.

Além de 1,2 milhão de toneladas de milho, o projeto prevê a capacidade de produção anual de 150 mil toneladas de ácido cítrico, 60 mil toneladas de xarope de maltose, 300 mil toneladas de amido de milho, 60 mil toneladas de dextrose cristalina, 150 mil toneladas de lisina e outros subprodutos relacionados. A capacidade levará a chinesa ao topo da produção mundial de ácido cítrico, além de consolidar o grupo como um dos maiores produtores de vitaminas A, B, C e E.

Em uma próxima etapa, os chineses projetam processar 1 milhão de toneladas de soja por ano, bem como 170 mil toneladas de óleo de soja e 810 mil toneladas de pasta de feijão.

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