Voz do MS

MS

Governo do Estado tentará agilizar verba para obra de acesso a ponte

Redação

[Via Correio do Estado]

O governo do Estado quer acelerar a liberação dos recursos para a construção do anel viário que ligará a ponte sobre o Rio Paraguai com a rodovia BR-267. A ligação entre Murtinho e Carmelo Peralta (Paraguai) será financiada pela Itaipu Paraguai. O compromisso de fazer gestões com o governo federal foi reforçado ontem pelo governador Reinaldo Azambuja, ao se reunir com o diretor-geral da multinacional Itaipu Paraguai, José Alberto Alderete Rodriguez, em Porto Murtinho.

De acordo com o governador, já foram iniciadas as tratativas com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) com o intuito de concluir o mais rápido possível o projeto executivo da obra do contorno, que exigirá a construção de pontes de concreto em área alagável. Azambuja afirmou que a contratação do projeto está em andamento, com os recursos previstos por meio de emendas impositivas, em 2020, para execução da obra.

Durante a reunião com o diretor-geral da Itaipu, realizada próxima ao local onde será edificada a ponte sobre o Rio Paraguai, o governador de Mato Grosso do Sul foi convidado oficialmente para participar de dois encontros entre os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e do Paraguai, Mário Abdo Benitez, em Assunção e Campo Grande, em datas ainda não definidas. Reinaldo adiantou que o governador de Mato Grosso também deverá participar das agendas.

“Estamos visitando o local em que será construída a ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, um sonho de décadas entre brasileiros e paraguaios que se transforma em realidade, integrando definitivamente Brasil e Paraguai”, disse Reinaldo Azambuja. Ele destacou que a obra viabilizará o Corredor Bioceânico, encurtando distâncias e eliminando amarras alfandegárias para fortalecer o comércio do Estado com Paraguai, Argentina e Chile.

Comprometimento

O governador ressaltou também o comprometimento do governo paraguaio e da Itaipu Paraguai em concluir em um curto espaço o processo licitatório para contratação da obra da ponte, que será financiada pela multinacional do país vizinho ao custo de 75 milhões de dólares. “Em breve, estaremos inaugurando uma obra histórica, que promoverá a primeira integração entre os oceanos Atlântico e Pacífico, aumentando a competitividade dos nossos produtos no mercado internacional”, disse.

O dirigente da Itaipu Paraguai informou, durante o evento, que está sendo contratado o estudo socioambiental da ponte para garantir a qualidade da obra, com previsão de início de sua execução no prazo máximo de um ano e meio, após vencidas as etapas de elaboração do projeto executivo. A ponte terá estrutura do tipo estaiada e 680 metros de comprimento. O diretor da Itaipu estimou que a obra será entregue em maio de 2020.

Estavam presentes no encontro em Porto Murtinho o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Agricultura Familiar e Produção, Jaime Verruck; o conselheiro da Itaipu Brasil, Carlos Marun; o presidente da Assembleia Legislativa de MS, deputado Paulo Correa; e o ex-prefeito de Porto Murtinho Nelson Cintra.

Cronograma

O governo do Estado espera em 12 meses ter superado os trâmites burocráticos para viabilizar a obra da ponte, que tem previsão de ser inaugurada em agosto de 2023.

O investimento chega a US$ 75 milhões, a ser custeado por Itaipu, envolvendo uma ponte estaiada com 680 metros de comprimento por 12 metros de largura e vão central que permitirá a circulação de embarcações.

Além de se tornar entroncamento rodoviário que fará parte da chamada Rota Bioceânica, o município ganhará em breve uma segunda unidade portuária.

Outra expectativa é com a instalação do terminal portuário da Navios South American Logistics, uma das gigantes do setor na América do Sul e que projeta construir no município, também às margens do Rio Paraguai, um terminal com três tanques para combustíveis, de 15 mil metros cúbicos cada, três silos e um armazém para até 80 mil toneladas de grãos e capacidade para receber até três barcaças por vez. Hoje, as barcaças com soja descem até os portos de Rosário, na Argentina, ou de Palmira.

Comentários

Últimas notícias