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Justiça

Filho de desembargadora é condenado a 9 anos de prisão por organização criminosa

Redação

[Via Correio do Estado]

Breno Solon Borges Fernandes, filho da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges foi condenado a mais de 9 anos de prisão por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Decisão é da juiza Aline Beatriz de Oliveira Lacerda, da 2ª Vara Criminal de Três Lagoas e foi publicada no Diário Oficial da Justiça desta quarta-feira (21). Breno ainda responde outros dois processos.

A condenação é em ação que se originou na Operação Cérberus, da Polícia Federal, onde Breno é apontado como integrante de uma quadrilha e que ele participaria de plano para resgatar um preso no Presídio de Segurança Média de Três Lagoas.

O plano foi descoberto pela PF a partir da apreensão de celular que estava com o presidiário Tiago Vinícius Vieira, no dia 28 de março deste ano. Por meio de autorização judicial, no dia 7 de abril, a polícia teve acesso, identificando os integrantes da organização criminosa comandada pelo preso, entre eles, o filho da desembargadora, que seria responsável pelo transporte de drogas e armas.

Um dia depois, Borges foi preso em Água Clara, quando transportava a maconha e 270 munições para armas de calibre 7,62 mm e 9 mm. Ele ainda deve responder por este processo, de tráfico de droga e armas, além de outro por porte ilegal de arma de uso restrito, em Campo Grande.

No ação originada da operação da PF, Breno foi condenado junto com outros seis acusados de participação na quadrilha. Ele já está preso na Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas.

Decisão ainda cabe recurso e o processo segue em segredo de Justiça.

DESEMBARGADORA AFASTADA

Desembargadora Tânia Garcia Borges foi denunciada por usar carro oficial e escolta para buscar o filho Breno Fernando Solon Borges, acusado de tráfico de drogas e posse ilegal de arma fogo, no presídio de Três Lagoas, e interná-lo em clínica psiquiátrica. Segundo os promotores, não havia habeas corpus.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, no dia 9 de outubro, a abertura de processo disciplinar contra a desembargadora, então presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS). Com a decisão, a corregedoria pediu o afastamento cautelar de Tânia da presidência do TRE e das funções de desembargadora. O afastamento da desembargadora foi decidido pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins.

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