Voz do MS

Capital

Famílias da Homex voltam à prefeitura para protestar

Redação

[Via Correio do Estado]

Cerca de 300 famílias que moram nas comunidades Samambaia e Homex foram na manhã desta quarta-feira (12) à porta da prefeitura, na região central, protestar contra a reintegração de posse dos proprietários do terreno particular invadido há cerca de dois anos no bairro Paulo Machado Coelho, região sul da Capital.

Segundo lideranças comunitárias ouvidas pelo Correio do Estado, a principal reivindicação das familias é para que o prefeito Marcos Trad (PSD) cumpra suposta promessa de compra do terreno para construir moradia para as 1.163 famílias que moram no local.

A reintegração de posse foi obtida na Justiça em agosto. A decisão pede que a retirada seja feita “com urgência.”

É a segunda vez só neste semestre que os moradores da Homex realizam protesto. Em agosto, a manifestação era contra a demolição de casas vazias que existiam no local.

A área ocupada é de propriedade da imobiliária mexicana Homex. Neste ano, a Agência Municipal de Habitação (Ehma) realizou uma ação de cadastramento das famílias que moram no local e demolição das casas contruídas que não tinham ninguém morando.

Os moradores alegam que o prefeito prometera, em Audiência Pública, realizar a compra do espaço para legalizar as habitações. Mas segundo o diretor-presidnete da Ehma, Eneas José de Carvalho Netto, em consulta junto do Ministério Público Estadual foi verificado que o preço saltou de R$ 9 milhões para R$ 32 milhões, inviabilizando a ideia do prefeito, que teve a proposta recusada. "É inviável, a prefeitura não tem esse dinheiro", disse.

De acordo com os manifestantes a promessa feita pelo prefeito 'deu luz de esperança' as famílias que chegaram a construir casas no local, a dona de casa, Pâmela Stefany, de 19 anos, estava na manifestação com sua filha de colo de quatro meses e falou que deve ficar no local. "Vamos ficar aqui até quanto aguentarmos, tenho minha casa lá, eu e meu esposo trabalhamos muito para construir, estamos lá há dois anos e agora o prefeito vem com essa? Ela vai nos dar outro lugar? Vai nos dar outra casa", questiona.

Os manifestantes permanecerão na porta da prefeitura à espera de Trad e prometem até mesmo acampar caso o prefeito não converse com eles pessoalmente. A Polícia Municipal, ex-Guarda Civil Metropolitana, permanece em atenção.

O CASO

Em 2013, a empresa mexicana Homex abandonou a obra de construção das moradias. Á época, a empresa informou que estava passando por dificuldades financeiras, e para concluir as 272 unidades que a empresa não conseguiu entregar, a e Caixa Econômica Federal foi acionada para assumir a finalização dos apartamentos.

A estimativa é de R$ 30 milhões em prejuízo dos 272 mutuários que não conseguiram a entrega do apartamento em condomínio da empresa mexicana Homex.

Comentários

Últimas notícias