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Exército mata dois e fere suspeito perto de instalação militar no Rio

Redação

[Via Correio do Estado]

Dois homens foram mortos na madrugada deste sábado (18) por militares do Exército em frente ao Arsenal de Guerra do Rio, localizado no Caju, zona norte do Rio. De acordo com nota do CML (Comando Militar do Leste), três suspeitos foram feridos, sendo dois mortos, ao tentarem, de carro, furar o bloqueio feito pelo Exército em frente à instalação militar.

Os nomes da vítimas ainda não foram divulgados. O ferido está internado no Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio. Segundo o CML, o veículo, com placa de São Paulo, entrou em confronto com os militares que reforçavam a segurança na rua Monsenhor Manoel Gomes por volta das 3h30 deste sábado.

Outros dois suspeitos conseguiram fugir durante o tiroteio. Com o grupo, o Exército apreendeu cinco fuzis, duas pistolas, seis granadas de fabricação caseira, quatro rádios transmissores, 32 carregadores de fuzil e cinco de pistola, além de munição.

A segurança do Arsenal de Guerra do Rio foi reforçada desde quinta (16) por causa de conflitos de traficantes rivais nas comunidades próximo da área militar. Segundo o CML, cerca de 100 militares estão reforçando a região. O Exército teme que a área seja invadida por traficantes em busca de armas.

O Arsenal de Guerra do Rio fabrica e faz a manutenção de armas equipamentos militares, como morteiros. A disputa entre os traficantes da região deixou dois mortos e dois feridos na noite de quarta-feira (15). Na manhã de sexta (17), 2.674 alunos ficaram sem aulas por causa dos confrontos nas comunidades do Caju, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação.

O Rio enfrenta uma grave crise financeira, com cortes de serviços e atrasos de salários de servidores, e está perto de um colapso na segurança pública.

Um outro efeito dessa crise tem sido o aumento dos índices de criminalidade e a redução do número de policiais em favelas ocupadas por facções criminosas. As UPPs, base policiais em comunidades controladas pelo tráfico perderam parte de seu efetivo. Nos últimos meses, têm sido rotina mortos e feridos por bala perdida, além de motoristas obrigados a descer de seus carros para se proteger dos tiros.

Outro braço dessa crise é a morte de policiais. Só neste ano já foram 118 PMs assassinados no Estado. A situação de insegurança também levou o presidente Michel Temer (PMDB) autorizar o uso das Forças Armadas para fazer a segurança pública do Rio até o final do ano que vem.

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