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Agricultura

Estiagem poderá atrasar o plantio da soja em MS

Redação

[Via Correio do Estado]

A onda de calor e o tempo seco em Mato Grosso do Sul vão impactar na agricultura do Estado. Foram 47 dias de estiagem, até o dia 1º deste mês, quando choveu 5,6 milímetros. A chuva não foi suficiente para amenizar a secura do solo, o que vai atrasar a semeadura da soja.

Prevista para começar  dia 16 deste mês, após o fim do vazio sanitário, que termina dia 15, a semeadura será realizada de forma tardia. O atraso teria mais impacto na região sul do Estado, onde o plantio geralmente começa assim que termina o prazo do vazio. Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Maurício Saito, o efeito  desse cenário está vinculado principalmente à falta de chuvas.

“O período de colheita do milho já foi finalizado, mas, com a baixa umidade, teremos demora para implantação da safra de soja, já que o vazio sanitário termina no domingo, dia 15. Esse atraso pode afetar também a nossa safrinha de 2020, para um pouco mais fora do período adequado de implantação”, analisou.

O governo do Estado decretou, ontem, estado de emergência em razão do avanço do número de focos de queimadas este mês (leia mais na página 7). Diante do anúncio, Saito destacou a importância da conscientização da sociedade para a prevenção e o combate às chamas. “O prognóstico do clima no Estado, sem previsão de chuvas até novembro, é extremamente preocupante. Nesse momento, é fundamental intensificar o trabalho de comunicação para conscientizar a população sobre os cuidados necessários para prevenir focos de incêndio, nas zonas rural e urbana”, ressaltou Saito.

O presidente explicou ainda que a rápida propagação do fogo em municípios como Miranda, Aquidauana e Corumbá se deve às características do bioma Pantanal.“São áreas consideradas de espontânea e alta combustão, o que facilita o avanço das chamas”.

O titular da  Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, explicou que, com a expansão dos focos de queimadas, a prioridade não é econômica. “Neste momento, a maior preocupação é com o impacto social ocasionado no Estado em razão das queimadas, no que tange à saúde humana, principalmente. Depois focamos os impactos ao meio ambiente e, por fim, a questão econômica”, concluiu.

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