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Escritório da Uber fecha as portas após operação do Procon em Campo Grande

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Insatisfação de clientes e inexistência de alvará de funcionamento e localização motivaram a interdição do local por tempo indeterminado

O escritório da Uber, localizado no Pátio Central Shopping, em Campo Grande, foi fechado pelas equipes da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS), Procon Municipal de Campo Grande (Procon-CG) e da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon-MS), durante a operação “viagem cancelada”.

A 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande determinou a interdição do escritório de atendimento da Uber do Brasil Tecnologia Ltda por tempo indeterminado.

Cancelamento de corridas, insatisfação de clientes e inexistência de alvará de funcionamento/localização motivaram a suspensão dos serviços da empresa.

Pesquisa realizada pelo Procon-CG aponta que de 354 entrevistados, apenas 25,4% se mostraram satisfeitos com os serviços prestados pela Uber.

A situação só será regularizada quando a empresa regulamentar e normalizar o alvará de funcionamento/localização por meio de documentos.

O escritório atende apenas motoristas credenciados e não recebe demandas ou reclamações de clientes insatisfeitos e prejudicados.

A reportagem do Correio do Estado procurou a assessoria de imprensa da Uber, mas não foi respondido ou atendido até o fechamento desta matéria.

Existem oito mil motoristas de aplicativo -de diversas empresas- em Campo Grande e 14 mil em Mato Grosso do Sul circulando por 16 municípios.

Alguns dos municípios que contemplam corridas por aplicativo são Corumbá, Ponta Porã, Dourados, Três Lagoas e Rio Brilhante.

Escândalo

A Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS) emitiu alerta à população sul-mato-grossense a respeito do “golpe do cheiro”, que é quando motoristas de aplicativo tentam dopar passageiros com produtos químicos, de forte odor, durante corridas.

Usuários de outros estados brasileiros compartilharam nas redes sociais que sentiram forte cheiro de gás durante o trajeto.

O presidente do sindicato dos motoristas de aplicativo (Aplic-MS), Paulo Pinheiro, afirmou ao Correio do Estado que, até o momento, não há casos do “golpe do cheiro” em Mato Grosso do Sul.

O perfume inalado contém substâncias psicoativas, como éter, clorofórmio ou etanol, ou até mesmo as três substâncias juntas.

As mulheres são as principais vítimas. A armadilha pode ser estratégia de criminosos.

A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) investiga quatro denúncias de abuso sexual contra mulheres praticados por motoristas de aplicativo.

Um rapaz foi preso em 9 de junho de 2022 após abusar sexualmente de três mulheres, conforme noticiado pelo Correio do Estado.

De acordo com as vítimas, o rapaz desviava do caminho programado e circulava por locais desertos.

Segundo a delegada Ana Luiza Noriler da Silva Carneiro, são três plataformas de corrida de aplicativo que envolvem o autor do crime.

No início desta semana, outra denúncia de abuso sexual, que envolve motorista de aplicativo contra uma passageira, foi registrada em boletim de ocorrência.

Via Correio do Estado MS

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