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Era dos caciques na política pode estar chegando ao fim

Redação

[Via Correio do Estado]

A política sul-mato-grossense sempre foi marcada pelos seus “caciques políticos” tanto é que você se lembrava da persona e não do partido que esse político é filiado. E isso acaba deixando esses políticos mais visados tanto pelos poderes quanto pela população como é o caso de André Puccinelli, no MDB, no PT o primeiro nome que vem no imaginário é José Orcírio Miranda dos Santos, Zeca do PT, no PP o nome é Alcides Bernal e no Democratas o nome é Zé Teixeira.

Esse excesso de visibilidade deixa em dúvida se é ou não ser vantajoso levar o título de “cacique político”, pelo menos é o que diz o deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Zé Teixeira, “Quando caciques mandavam era bom, hoje quem manda nos índios é o Ministério Público e a Polícia Federal, hoje não tem muita vantagem”, disse .

Já o ex-governador André Puccinelli acredita que nessa máxima e diz se a pessoa força uma liderança acaba não sendo. “Isso sempre existiu (visibilidade maior em cima dos “caciques”), mas não considero que hoje esteja mais difícil que antes não, acho que está a mesma coisa. Eu acho que se um líder precisa forçar para ser líder, ele já mostrou que não é, tem que ser naturalmente”, avalia Puccinelli.

O deputado Zé Teixeira explica que não tem mais vantagem em ser cacique de partido e que não quer mais seguir carreira política. Teixeira é produtor rural e está em seu sétimo mandado na Assembleia Legislativa. “Gosto mais da produção do que da vida parlamentar”, comparou.

ALVOS 

Teixeira foi alvo da Operação deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2018, a Vostok. O parlamentar chegou a ser preso e seu gabinete foi revirado por policiais.

Já André Puccinelli foi preso em 2017 pela Polícia Federal durante a Operação Lama Asfáltica. E foi novamente preso no ano passado em 20 de junho. Puccinelli era réu por lavagem e desvio de dinheiro.

Alcides Bernal mesmo vencendo as eleições para prefeito teve seu cargo cassado e ficou impedido de se candidatar a um cargo eletivo. Ele mediante o poder Judiciário conseguiu retornar ao cargo de prefeito onde ficou pouco menos de dois anos. Ele disputou o cargo de deputado federal, mas não teve os votos computados em razão de problemas judiciais.

NOVA GERAÇÃO

Nessa nova geração de lideranças estão despontando a deputada federal Rose Modesto (PSDB) que foi vereadora por dois mandatos, vice-governador, e eleita a deputada federal mais votada de Mato Grosso do Sul. Ela está tendo o passe disputado pelas agremiações do Estado e é cotada para ser candidata a prefeita de Campo Grande.

Outro que está indo nessa linha é o deputado estadual Renato Câmara do MDB que está ganhando destaque por ser cotado para ser o novo presidente regional da sigla para que o partido oxigene e volte a ser protagonista nas eleições. Ele foi prefeitura de Ivinhema em 2005 e reeleito em 2009. Em 2014 foi eleito deputado estadual e 2018 reeleito ao cargo de deputado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

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