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Empresa alvo da Polícia Federal presta serviço na área de comunicação

Redação

[Via Correio do Estado]

A empresária Adriany Bueno, proprietária da Think Service Design, um dos alvos da Operação Aprendiz deflagrada hoje pela Polícia Federal (PF), Ministério Público do Estado (MPMS) e Controladoria-Geral da União (CGU), confirmou que policiais estão na sede da empresa onde fazem buscas. A Think fica na Rua Imbé, no Bairro Cidade Jardim.

A atuação da empresa é na área de comunicação, design e ações de promoção. Entre os clientes, de acordo com postagens nas redes sociais, a empresa atende o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul – em agosto do ano passado fez uma campanha doação de leite materno -, o Senai  (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e também produtores rurais – realizando divulgação de leilões de reprodutores Nelore, programa de melhoramento genético e produção bovina -, além de profissionais liberais e outras empresas - lojas, academia.

“Depois falo com vocês. Eu tenho que atendê-los (os policiais federais). Eles são prioridade”, disse a empresária por telefone. Adriany também confirmou que irá se pronunciar sobre a operação por meio de nota, ao longo do dia, após ser finalizada a ação na empresa dela.

Na operação devem ser cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal Residual de Campo Grande, em órgão público, empresas ligadas ao ramo gráfico e de publicidade, e residência, todos localizados em Campo Grande. Participam da operação seis auditores da CGU, 47 Policiais Federais e dois promotores de Justiça, entre eles o titular da 30ª Promotoria da Capital, Marcos Alex Vera de Oliveira - responsável pelas apurações.

A investigação tem como objetivo apurar a aquisição superfaturada de cartilhas educativas pela Secretaria de Estado da Casa Civil, entre os meses de junho de 2015 e agosto de 2016. Até o momento o prejuízo causado aos cofres público do Estado estaria estimado em R$ 1.600.577,00.

A Operação “Aprendiz” é um desdobramento da Operação “Toque de Midas II”, realizada pela PF e CGU em maio de 2017, onde foram apreendidos documentos que revelaram burla a exigência de licitação, além de superfaturamento e sobrepreço na aquisição de material educativo pelo Governo do Estado.

A análise dos documentos pela CGU revelou, em relação a apenas uma das cartilhas adquirida pela Secretaria de Estado da Casa Civil em junho de 2015, com intermediação de agência de publicidade, um sobrepreço de 992%.

MAIO DE 2017

Na Operação Toque de Midas II - em maio de 2017, foi apurado desvios de recursos públicos e fraudes em licitações na Prefeitura de Paranhos. A estimativa é de que a organização criminosa tenha causado prejuízo de R$ 270 mil. Na época as investigações da PF apontam irregularidades e fraudes em procedimentos licitatórios, como manipulação de cotações de preços para elevar o valor de referência no pregão, bem como prática de sobrepreço e superfaturamento.

As manobras ilegais eram praticadas em licitações abertas para compra de kits escolares e livros paradidáticos para atender a rede municipal de educação em Paranhos. Na Capital, mandados judiciais foram cumpridos na empresa Planeta ABC Soluções para Educação, na Avenida Antônio Maria Coelho, centro, de propriedade do empresário Fabrício Freitas.

Na primeira operação, em abril de 2017 também em Paranhos, foi desarticulado esquema criminoso de fraude em licitações nas aquisições de merendas, com prejuízo estimado em aproximadamente R$ 400 mil.

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