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Em projeto da UEMS, crianças aprendem sobre plantas medicinais

Redação

Campo Grande (MS) – Com a mão na massa, ou melhor, a mão na terra os alunos aprendem mais. Esse é o lema do projeto de Educação Ambiental da acadêmica Lucimara de Oliveira Caldas, do 4º ano de Geografia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), de Campo Grande.  O projeto Sabor Cultural e Meio Ambiente: uso de plantas medicinais para qualidade de vida iniciou em 2015 pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), com a implantação na Escola Municipal Sulivan Silvestre Oliveira, dentro a Aldeia Urbana Marçal de Souza, em Campo Grande. Na época, o projeto foi implantado junto à coleta seletiva em toda a Aldeia.

No primeiro semestre de 2016, já pelo programa de estágio supervisionado, o projeto foi implantando na Escola Estadual Clarinda Mendes de Aquino, onde Lucimara conheceu o professor Wennsllen Rodrigues de Alencar e juntos trouxeram o projeto para Escola Municipal Professor Arlindo Lima.

O projeto trabalha meio ambiente de maneira transversal. Nas aulas de português se aprende a origem dos nomes, nas aulas de tecnologia se pesquisa sobre as plantas, na geografia são exploradas as informações sobre conservação do solo, entre outras. Segundo Lucimara todos os professores que quiserem, podem participar. “Trabalhamos através das pesquisas com imagens para que os alunos conheçam as plantas. Eles interagem bastante, produzem textos, charges, paródias, tudo relacionado ao assunto”, conta Maria Meira de Souza, professora de Ciências e Tecnologia e gerenciadora da Sala de Tecnologias, da Escola Municipal Professor Arlindo Lima.

O ponto alto é a criação da horta. É nesta hora que os alunos colocam a mão na terra. Cada aluno fica responsável por regar e acompanhar o crescimento de sua mudinha, além de conhecer seus benefícios medicinais. João Eduardo de Oliveira Barros, do 9º Ano da Escola Arlindo Lima, conta que já conhecia algumas plantas, por ter aprendido com sua avó. Mesmo assim, acha interessante as aulas práticas, longe da sala de aula. “Só ficar escrevendo em sala de aula não entra mais na cabeça do aluno, é muito bom sair e ver as situações na prática”, comenta João Eduardo.

Saindo da sala de aula

O projeto trabalha com várias disciplinas, mas é na Geografia que se intensifica os estudos, com a preparação do solo, as formas de cultivo, entre outros assuntos que envolvem toda a comunidade escolar.  “Os alunos pesquisaram sobre as plantas medicinais, pra que servem, qual sua família, onde a horta seria implantada na escola. Geralmente um local com irrigação. Todas as plantas plantadas já foram estudadas pelos alunos. Depois do processo de criação da horta, passamos para a disciplina de Química, para estudar a função farmacológica e como fazer o chá”, conta Lucimara de Oliveira.

A horta plantada na escola é cuidada pelos próprios alunos, transferindo para fora da sala de aula o espaço de conhecimento na escola. Para o professor de Geografia, Wennsllen Rodrigues de Alencar, a intenção de um projeto como esse é sair do “conteudismo”. “Às vezes a gente lota quadro, o alunos enchem o caderno de conteúdo, mas continua vazio de informação. Acho que quando ele pratica, quando ele vê o desenvolvimento, quando ele apropria-se dessa ideia, com certeza ele aprende mais. Lá na frente ele vai lembrar da sua época de escola”, enfatiza Wennsllen.

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