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Em Mato Grosso do Sul, brancos ganham quase 50% a mais que parte da população preta e parda

Redação
Divulgação / Agência Brasil
A desigualdade é uma característica histórica do estado e dificulta o acesso a direitos trabalhistas básicos

Dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), do ano passado, apontam que a população branca ganhava 49,6% a que a preta e parda. Os números são referentes a Mato Grosso do Sul.

O levantamento, que foi divulgado nesta quinta-feira (12), traz um balanço da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), entre os anos de 2012, quando iniciou, e 2019.

Conforme a pesquisa, enquanto brancos recebiam em média R$2.736, pretos e pardos paravam nos R$ 1.828.

A diferença salarial é um reflexo do mercado de trabalho, que revela que a informalidade é uma característica histórica para esta parte da população.

Os pretos e pardos representam 43,7% das ocupações informais no estado, e os brancos 41,2%

De acordo com João Hallak , coordenador da SIS, esses quase 3% parecem pouco, mas representam uma realidade muito preocupante.

“É um grupo que requer mais atenção, que não vai poder ter aposentadoria por tempo de serviço, que não tem direito a licenças remuneradas por afastamento por motivo de saúde ou licença gestante, então são mais vulneráveis em termos de pessoal ocupado.”, frisa.

Ainda conforme o balanço, seguindo a mesma rítmica, a taxa de desocupação também é maior para pretos e pardos, eles são 9%, contra os 6,9% de brancos.

O período em que as taxas de ocupações informais foram menos significativas foi em 2015, quando a diferença apontada era de 2,2%.

De lá pra cá, 2017 teve o pior cenário, pretos e pardos tinham 5% mais ocupação na informalidade que brancos.

Via Correio do Estado

 

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