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Saúde

Em falta no País, BCG é racionada nas unidades de saúde da Capital

Redação

[Via Correio do Estado]

Vacina obrigatória para imunizar recém-nascidos contra tuberculose, conhecida como BCG, tem cronograma emergencial estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) para atender à demanda de crianças que estão há quase 20 dias à espera. Isso porque apenas sete das 68 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da Capital estão aptas a aplicar a vacina.

Além disso, o  Ministério da Saúde disponibilizou apenas duas mil doses para abastecer os 79 municípios do Estado, por isso os estoques foram abastecidos com quantidade racionada. Enquanto isso, pais estão peregrinando entre os hospitais e postos de saúde da Capital na esperança de encontrar a dose para seus recém-nascidos.

Este é o caso da mãe da pequena Elisa, Helena Marques, que está há 15 dias atrás da imunização. “Ela nasceu na Santa Casa, mas não tinha vacina lá. Me mandaram para a Maternidade Cândido Mariano, mas não tinha também”, disse Helena.

Na manhã de ontem, a mãe levou a bebê à UBS da Vila Nasser, mas, ao chegar ao local, acabou informada de que não tinha a vacina. Em seguida, elas foram encaminhadas para a UBS do Bairro Nova Bahia, onde conseguiu, depois de 15 dias do nascimento da pequena Elisa.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, a tuberculose é um bacilo perigoso que fica no ar e por esse motivo é necessário dar celeridade à vacinação.

Apesar de o Ministério da Saúde liberar as duas mil doses, os estoques continuam baixos e por esse motivo há a necessidade de se fazer um cronograma em que cada dia da semana uma UBS estará responsável pela imunização.
Outra problemática em relação à vacina não ser aplicada em hospitais logo que a criança nasce é que o frasco com a dose tem prazo de validade de apenas seis horas e em razão disso a Sesau fez planejamento para que ocorra o uso racional das doses.

A ação vai ocorrer enquanto durarem os estoques. Confira o cronograma de escala da Sesau: UBS Nova Bahia e Caiçara (segunda-feira); UBS do Guanandy e Lar do Trabalhador (terça-feira); UBS 26 de Agosto (quarta-feira); UBS Tiradentes (quinta-feira); UBS Coronel Antonino (sexta-feira).

JUSTIFICATIVA

A falta de vacinas na rede pública de saúde de Campo Grande e em municípios do interior de Mato Grosso do Sul foi provocada por falhas no processo de importação e armazenagem das doses. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a tetraviral é analisada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

O Ministério alerta que, para a otimização das doses disponíveis, a orientação é que nos municípios com baixo estoque ocorra agendamento da vacinação ou, como esquema de substituição, a vacina tríplice viral e a vacina varicela monovalente para a falta de tetraviral. No caso da DTP, a pasta orientou que os profissionais de saúde façam o agendamento da vacinação, mas, na edição do dia 25 de julho, o Correio do Estado mostrou que as doses já não estavam disponíveis nas unidades.

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