Voz do MS

Política

Em convenção de novo partido, comitiva do PSL-MS será incompleta

Redação

[Via Correio do Estado]

Está marcada para amanhã a primeira reunião de lançamento do partido que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer criar, o Aliança pelo Brasil (APB), e apoiadores de todo o País devem seguir para Brasília, onde será realizado o evento, porém, o grupo dos filiados do PSL – ex-partido de Bolsonaro – em Mato Grosso do Sul não deve estar completo.
Com dois deputados federais, Loester Trutis e Luiz Ovando, e dois estaduais,  Coronel David e Capitão Contar, além de uma senadora, Soraya Thronicke, ao menos um apoiador deve faltar. Trutis afirmou que não vai ao evento.

Ele foi apontado no jornal O Globo como um dos parlamentares que não seguiriam com o presidente para uma nova agremiação e chegou a dizer em sua rede social que esse não era o momento para criar um partido.

“Podem me chamar do que quiser, louco, traidor, burro... Todavia pra mim esse não era o momento de criar um novo partido. Era o momento do governo criar uma força tarefa coordenada para aprovar a prisão em segunda instância (sic!)”, disse, na semana passada, em seu Facebook.

Na mesma publicação, ele cita que questionou se o partido usaria verba pública e não foi respondido. “O ALIANÇA abrirá mão do fundo partidário? Do fundo eleitoral? Fiz esse questionamento e ninguém lá soube me responder.
Só existe uma coisa maior que Bolsonaro nesse momento: SEU PLANO DE GOVERNO (sic!)”.

Procurado pelo Correio do Estado para saber se havia sido convidado para a convenção e se iria, ele afirmou que todos os deputados federais foram chamados para o evento, mas que não poderia comparecer. “Eu não vou ao evento porque vou estar no Estado, na quinta-feira, e acho que o evento será um sucesso absoluto. O presidente tem admiradores pelo Brasil todo, que vão deixar seus estados para provavelmente apoiá-lo nesse momento importante da carreira dele, no qual eu desejo muita sorte. A tentativa de abrir um partido político no Brasil sem dinheiro é muito difícil”.

Questionado sobre o que faria em Mato Grosso do Sul  amanhã, quando ainda tem sessão na Câmara dos Deputados em Brasília, ele disse que tem agenda em Dourados. “Estou montando um centro de recondicionamento de computadores lá”.

Ao contrário do correligionário, o deputado federal Luiz Ovando – que assinou todas as listas de apoio para Eduardo Bolsonaro ser o novo líder do PSL na Casa de Leis, motivo que causou um transtorno ainda maior na crise do partido, dividindo a legenda entre o lado dos bolsonaristas e dos bivarianos, referente ao presidente da sigla, Luciano Bivar e o presidente do Brasil –, afirmou que vai ao evento.

Além de Luiz Ovando, Mato Grosso do Sul será representado pelos dois deputados estaduais. Coronel David já está em Brasília para agenda em ministérios e deve participar do evento. Conforme informações obtidas pelo Correio do Estado, antes da reunião o deputado tem agenda com o presidente Bolsonaro.

Coronel David é amigo de Bolsonaro e foi o principal apoiador dele no Estado, quando ainda era deputado federal. Nas eleições de 2016, David disputou a Prefeitura Municipal de Campo Grande para divulgar mais o nome de Bolsonaro.

O nome dele e o de Luiz Ovando podem ser indicados para presidir o novo partido de Bolsonaro, caso seja fundado, em Mato Grosso do Sul.

Outro que também deve seguir rumo a Brasília é o colega de David, Capitão Contar. Ele disse ontem, durante a sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), que vai dar apoio ao presidente. “Estarei lá. Acho que com boa vontade tudo é possível e isso será o melhor para o nosso Brasil. Vou apoiar o presidente”.

Comentários

Últimas notícias