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Em casa de músicos, trampo inicia cedo e até as crianças cantam em casamentos

Redação

[Via Campo Grande News]

Viver de música ou na música? Para a família Gomes de Oliveira, a junção dos dois é forma de levar amor às outras pessoas. Arley e a esposa Aryana sempre foram músicos e o desejo de subir aos palcos surgiu, naturalmente, nos filhos, que nos últimos dois anos acompanham os pais em casamentos e formaturas.

Os quatro não tocam violino como a famosa Família Lima, mas a união dos talentos faz um show completo.

Arley Borges de Oliveira tem 42 anos e faz parte da banda de música da Base Aérea. Ele conta que o projeto com toda a família surgiu há dois anos, quando foi transferido para Capital. “Passamos por outros dois estados devido as transferências e há dois anos estamos em Campo Grande. Eu sempre toquei, mas desde que chegamos aqui decidimos montar o projeto e incluir as crianças”, conta.

Orgulhoso, o pai conta que os filhos ensaiam e mesmo com o nervosismo da plateia não desafinam. A participação da dupla é uma surpresa a mais, principalmente em casamentos. “A mais velha é desenvolta e o caçula tímido, mesmo participam juntos. Na hora do orçamento aos noivos eu já indico os dois como um brinde especial na cerimônia”, explica.

A psicóloga Aryana Gomes de Oliveira, de 35 anos, ressalta que o desejo dos filhos surgiu de forma natural, assim como o talento da filha mais velha. Ela conta que antes do projeto, os filhos tinham que ficar com alguém, mas hoje até ajudam com os instrumentos.

“Sempre que ensaiava em casa, eles já cantavam comigo. Foi fluindo o desejo deles de participar até que decidimos colocá-los. Eles gostaram muito e não querem mais parar. A Maria já e naturalmente afinada, nem preciso falar nada, ela mesma ouve os áudios e diz onde errou. O Otávio é mais tímido e eu dou alguns toques durante o ensaio”, pontua.

Os dois irmãos participam juntos da apresentação. A canção Aquarela de Toquinho faz parte do repertório das crianças e Aryana pontua que a duplinha já é requisitada por contratantes. “O engraçado é que eu achava que eles não iam conseguir cantar, por se tratar de uma música difícil, mas eles foram ouvindo e logo na primeira vez que passamos o play back eles já cantavam”, conta.

O casal sugere a participação dos irmãos durante a entrada dos pajens, pela suavidade das vozes. “Fica emocionante, afinal são crianças cantando para crianças. A Maria já quer até aprender a tocar flauta para acompanhar o pai no saxofone”, frisa Aryana.

A mãe reforça que o objetivo da família trabalhar junto é levar amor através da música. “Eu falo isso com muito orgulho, porque a gente escolhe musicas que realmente vão tocar no coração das pessoas como toca nos nossos. Também optamos por apresentações nacionais, não que canções internacionais não sejam lindas. Mas quando a musica é falada e cantada de forma compreensível fica mais emocionante”, finaliza.

Aos 13 anos, Maria Clara Gomes conclui a 8ª série. Para ela, mesmo com muito ensaio, o “trabalho” com os pais é diversão. Indagada sobre o que quer ser no futuro, sem pensar muito já responde “quero cantar”, frisa.

Aos 10 anos, Otávio Gomes de Oliveira também já decidiu o que quer ser o futuro. Apesar de gostar de cantar com os pais prefere se tornar um engenheiro. Tímido por natureza, mas responsável com o que faz, o caçula da casa pontua: “O mais difícil não é cantar a música até o fim, mas agradar quem está assistindo”, pontua.

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