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Economista afirma que auxílio para caminhoneiros é apenas medida eleitoreira

Redação
Profissionais da classe articulam greve para 1º de novembro por conta da alta dos combustíveis

Após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciar a criação de um auxílio para caminhoneiros autônomos, o mercado financeiro reagiu levando o dólar a ter alta de 2,21%, chegando a R $5,6, e o Ibovespa operar em queda de 4,26%, abaixo dos 160 mil pontos.

Porém, para o economista Eugênio Pavão, essa é apenas uma promessa de eleitoreira, tendo em vista o pleito de 2022.

Durante a inauguração do Ramal do Agreste, Bolsonaro disse que 750 mil caminhoneiros serão beneficiados pelo auxílio por conta da alta no diesel, mas o valor ainda não foi estipulado.

Ainda de acordo com Pavão, o impacto da medida em Mato Grosso do Sul não será muito grande, visto que, segundo ele., caminhoneiros têm o custo de cerca de R $1.000 para apenas deixar o Estado, incluindo no cálculo os custos com alimentação, manutenção do caminhão e o combustível propriamente dito, o que faz o auxílio ser apenas um subsídio do governo.

Outra questão levantada pelo especialista é a forma em que esse auxílio irá chegar até o caminhoneiro.

Ele diz que vê duas saídas: ou a quantia em dinheiro será distribuída diretamente aos profissionais, ou o custo da viagem será reduzido, principalmente nos postos de combustíveis.

Contudo, se os valores tiverem apenas impacto federal, a diferença não será tão grande em MS, já que ainda deve ser considerado o ICMS do estado.

“Eu creio ser mais uma promessa eleitoreira, já que os caminhoneiros estão anunciando uma greve para o dia 1.º [de novembro]. Nem a greve deve ter muito impacto no estado, já que estamos no início do plantio da soja e não em época de colheita e transporte”, afirma.

De acordo com Bolsonaro, o valor será anunciado nos próximos dias.

Via Correio do Estado

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