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Dupla Anavitória está de volta a Campo Grande para mostrar o novo trabalho

Redação

[Via Correio do Estado]

No fim de 2017, na Capital, a dupla Anavitória precisou de um show extra para atender a todos os fãs; em julho deste ano, lotou a plateia no encerramento do 19º Festival de Inverno de Bonito e, no dia 9 de dezembro, pretende repetir a dose em Campo Grande, desta vez, divulgando um novo trabalho.

As meninas de Araguaína (Tocantins), atualmente saboreando os louros de uma carreira musical meteórica, estão viajando o Brasil com a turnê do recém-lançado álbum “O Tempo É Agora”. Com um som mais pop, catártico e pulsante, o novo show é uma demonstração do amadurecimento artístico da dupla.

“Desde que a gente começou, o primeiro show foi criando corpo e a gente foi se entendendo no palco. Começamos a sentir falta de alguns sons, de experimentar lugares diferentes. O trabalho amadureceu, foi crescendo e contribuiu para o novo som”, explicou Ana Clara Caetano, 23 anos, ao telefone, durante o trajeto até a cidade de Lageado.

Com 11 faixas escritas, o segundo álbum da dupla foi gravado entre maio e junho deste ano, em Hollywood, na Califórnia. “Nesse segundo disco, o processo foi mais consciente. Sabia onde queria chegar com as músicas”, diz Ana, que compôs quase metade das músicas do novo disco e assina as demais canções com parceiros.

Quase toda a banda que acompanhou a dupla nas gravações era composta por estrangeiros. “O Moogie [coprodutor do novo disco, junto a Tiago Iorc] buscou músicos que falavam essa língua. Ele deu os nomes que acreditou que chegariam mais facilmente nesse som”, diz Vitória Falcão, 23.

O guitarrista Tim Pierce já gravou em discos de Michael Jackson, Avril Lavigne, Madonna, Bon Jovi, Phil Collins, Celine Dion, Bruce Springsteen e Elton John. Sean Hurley, o baixista, já acompanhou
John Mayer, Lana Del Rey, Lady Antebellum, Alanis Morissette, Colbie Caillat e Alicia Keys. E a bateria é de Jamie Wollam, da banda Tears for Fears. O único brasileiro, Roberto Pollo, é o tecladista, radicado em Los Angeles.

“No nosso primeiro álbum, tínhamos pouca experiência. Entramos muito cruas no estúdio”, conta Vitória. “Depois do primeiro disco, gravamos EPs, o que nos deu mais experiência, e ficamos dois anos em turnê. Isso muda muito. Você entende o que quer falar”.

A mudança é perceptível não só no repertório, mas na parte instrumental. Os violões, que dominavam o primeiro álbum, “Anavitória” (2016), só aparecem em duas faixas do segundo disco – “Porque Eu Te Amo” e “Dói Sem Tanto”.

“Queríamos que nosso show crescesse e fosse mais forte. Sentíamos falta de pressão”, contaram. As duas também seguiram influências dos sons dos anos 1980 e 1990 no novo álbum. “São músicas que a gente cresceu escutando e que têm uma memória afetiva”, disse Ana. “Tivemos várias referências, mas a música que desencadeou isso foi ‘Angels’, do Robbie William’”.

Sobre a aceitação deste novo trabalho pelo público, mesmo com pouco tempo de lançamento, Vitória define: “Tem sido muito fácil, notamos que tem muita gente nova em nossos shows, pessoas que vão pela primeira vez. Claro que permanecem aquelas que nos acompanham desde o início, mas expandiu para outras pessoas também”.

Ana e Vitória são amigas de escola que, apenas dois anos depois de juntarem as vozes e os nomes na dupla, voaram de Araguaína (Tocantins) para o panteão da música pop contemporânea brasileira. Em 2017, conquistaram o Grammy Latino, com a canção “Trevo”, e um disco de platina duplo, com o single “Fica”. E, em 2018, apresentaram-se no Rock in Rio Lisboa.

Sobre gravar canções em outros idiomas, a dupla é consenso. “Não pensamos nisso, não passa pela nossa cabeça. Fizemos apenas um single com o produtor Dudu Borges recentemente, gravando ‘Oceans’”. A música faz parte de um vídeo do produtor musical lançado para a série “Analaga Praise+”, que já contou com Luan Santana, Thiaguinho e Solange Almeida.

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