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Cultura

Desfile das Escolas de Samba fortalece a tradição do carnaval de Campo Grande

Redação

Toda a paixão pelo carnaval e a força da tradição estiveram presentes na noite desta segunda-feira (24.02), na Praça do Papa, durante a primeira noite de desfile das Escolas de Samba de Campo Grande. Desfilaram a Associação Recreativa Herdeiros do Samba, e as Escolas de Samba Unidos do Aero Rancho, Unidos do Cruzeiro e Cinderela Tradição do José Abrão.

A presença do Rei Momo Kleverton Borges, da Rainha Rebecca Dalbinie e das princesas Lara Morena e Raihanny Ribeiro, animando com muito samba no pé a entrada de cada escola que pisava na avenida, contagiou o público: “Fico feliz por vocês estarem aqui. Hoje a noite é nossa”, disse o Rei Momo à multidão. A rainha Rebecca enfatizou a resistência do carnaval da capital: “Todos nós representamos a força e a resistência do carnaval de Campo Grande. Fico muito feliz de encontrar vocês aqui. Muito obrigada”.

A presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Mara Caseiro, que é amante assumida do carnaval da nossa terra, fez questão de estar presente ao desfile, como em todos os anos. “O compromisso do apoio da Fundação de Cultura para o carnaval campo-grandense é de nós a cada dia profissionalizarmos nosso carnaval. É um momento festivo de confraternização, de resgate cultural e manutenção da tradição, mas além disso, proporciona o aquecimento da economia, pois os hotéis e restaurantes estão cheios, as pessoas vêm para a capital prestigiar. Apesar de algumas pessoas dizerem que o carnaval é perigoso, estimula a violência, a gente não pode deixar que as pessoas que amam o carnaval fiquem sem ter esse momento festivo em suas vidas”.

Para o presidente da Liga das Escolas de Campo Grande (Lienca), Eduardo Souza Neto, o apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura, às escolas de Campo Grande é fundamental para a Liga das Escolas: “Além dos recursos financeiros e materiais, recebemos o recurso estrutural. O que a Liga solicitou nós fomos atendidos de pronto. Ano passado tivemos 27 jurados para julgar 9 quesitos. Este ano temos 18 jurados, com a participação, pela primeira vez, de jurados do Rio de Janeiro, como uma consolidação do desejo das escolas. Fizemos uma reunião com os presidentes e foi decidido que este ano não haverá premiação em dinheiro, apenas troféus e medalhas, pois os recursos foram repassados para as escolas, para a realização dos desfiles”.

Abrindo o desfile desta segunda, a Associação Recreativa Herdeiros do Samba, formada por crianças e adolescentes, trouxe o samba-enredo “Animais: escravos? Amigos? Companheiros? Ou explorados o ano inteiro?”, com o objetivo de abordar os maus tratos aos animais. O professor de balé Marcos André, coreógrafo da comissão de frente, está na escola há cinco anos e disse que a ideia foi trabalhar o tema do samba-enredo, sobre “até onde domesticar os animais faz bem para eles”. Participaram alunos de dança do Projeto Social Asas do Futuro, do bairro Dom Antônio Barbosa. “Eles nunca se apresentaram para uma quantidade tão grande de pessoas. Na comissão de frente, os passos são desenvolvidos andando, daí ficou mais difícil para eles”.

No meio do público, a família Pereira, com o patriarca, duas filhas, o marido de uma delas e as netas vieram prestigiar mais uma vez o desfile. Andrea Pereira, dona de casa, participa pela segunda vez. Veio ano passado trazida pela irmã Luciana e pretende sempre participar. “Adoro carnaval. Torcemos pela Igrejinha. Amanhã estaremos aqui de novo”. Luciana Pereira, auxiliar de pizzaiolo, diz que trazia sua filha Maria Eduarda, 11 anos, no carrinho, quando ela era bebê, para não perder a folia. “Trabalho à noite, então não tenho muito tempo para sair. Moro aqui perto, sempre quando tem evento na praça eu venho. Há 15 anos participo do carnaval, venho prestigiar as escolas na avenida”.

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A escola de samba Unidos do Aero Rancho trouxe como enredo “A semente do bem e do mal não vem das antenas de TV. A arte da vida humana na comunicação social”. O mestre-sala Hernando Versoza, e a porta-bandeira Flávia Alarcon, professora de balé, há três anos desfilam juntos, mas na escola Aero Rancho é a primeira vez. “Quando você aceita o convite da escola para carregar este símbolo, a bandeira, você representa toda uma comunidade, a história dos antepassados, dos fundadores e da velha-guarda da escola. É uma responsabilidade muito grande”, diz Flávia.

A Unidos do Cruzeiro apresentou o tema “Jogar é um desafio, desafios envolvem riscos, riscos envolvem incertezas, incertezas envolvem perdas ou ganhos”, com sua bateria toda caracterizada em roxo e preto, representando a carta “Coringa” do baralho. O mestre de bateria, Toanes Júnior, 37 anos, desde os 14 está na bateria da escola. “Comecei tocando tamborim por dois anos, mas sempre fui fascinado por surdo. Aos poucos fui pegando a manha dos outros instrumentos, da afinação”. A paixão pelo carnaval foi transmitida para suas duas filhas, Gabriele, 18 anos, e Isabele, 13, que também desfilaram na bateria.

A última escola a pisar na avenida, a Cinderela Tradição do José Abrão, veio com o samba-enredo “E você tem medo de quê?”. Chamou a atenção a ala das baianas, pela animação e a combinação de cores das roupas. Maria José Gomes Resende, viúva, 65 anos, desfila na ala das baianas desde o surgimento da escola. “Essa escola é muito banaca. Quando começa, arrepia a gente. Adoro carnaval, sempre ia com meu marido nos bailes. Gostei demais da roupa deste ano. Espero que ano que vem eu esteja aqui de novo”.

E neste domingo a folia continua na Praça do Papa. Desfilam as escolas mais famosas de Campo Grande: Escola de Samba Igrejinha, Unidos da Vila Carvalho, Deixa Falar e Catedráticos do Samba.  O desfile começa a partir das 20 horas, com entrada franca. Não fique fora dessa. Vem pra avenida você também!

Via Governo do Estado

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