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Desempenho da indústria recua, mas se mantém na linha positiva em MS

Redação

[Via Correio do Estado]

Embora com queda em dezembro, a indústria do Estado encerrou o ano de 2018 com aumento de 50,9 pontos, acima da linha divisória dos 50 pontos. O indicador foi criado pelo Radar Industrial da Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems) e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial.

Conforme informações da Fiems, este foi o sétimo mês consecutivo em que ficou acima da linha divisória dos 50 pontos. Porém, teve queda de 5,4 pontos na comparação de novembro, quando o indicador chegou a 56,3 pontos. O resultado também é inferior ao registrado em 2017, quando o indicador fechou em 52,1 pontos.

Em nota, o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resente, explicou que as variáveis de avaliação apresentaram, entre os dois meses, recuo na participação das empresas com produção estável ou crescente, na utilização da capacidade instalada e na participação das empresas que aumentaram o número de empregados do mês. “E aumentos na intenção de investimentos para os próximos seis meses e no índice de confiança”, pontuou.

De acordo com Resende, a redução observada em dezembro reflete o padrão usual do período, com queda da atividade industrial devido ao término das encomendas para o período de festas de fim de ano, bem como pela paralisação de algumas plantas para a realização de manutenções programadas. “Ainda assim, o resultado apurado pelo IGDI em dezembro de 2018 ficou 5,3 pontos superior à média histórica para o mês”, destacou.

O coordenador acrescenta que, com todos os resultados consolidados, o IGDI continuou acima dos 50 pontos. “Essa constatação indica que, na média geral, o desempenho em dezembro foi positivo, segundo a percepção dos empresários respondentes”, analisou.

 O ÍNDICE

O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis - emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança – e todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o Índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses.

Já da produção é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial).

O IGDI Fiems contou com a avaliação, validação e auxílio técnico do professor-doutor Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ESAN/UFMS).

“O professor é matemático com atuação na utilização de métodos quantitativos em economia e tem comprovada experiência na elaboração e uso de indicadores sintéticos”, reforçou o economista.

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