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Desabrigadas pelas chuvas, famílias só poderão voltar para suas casas em 2018

Redação

[Via Correio do Estado]

As 62 famílias que estão desabrigadas e as 300 pessoas desalojadas devido às fortes chuvas, em Porto Murtinho, só poderão voltar para suas casas no ano que vem, depois do dia três de janeiro de 2018. Isso porque a previsão é de chuva intensa até a próxima semana. Equipes da Defesa Civil da cidade estão fazendo vistorias no local para que famílias voltem em segurança para suas casas.

Entre os problemas que o excesso de chuva ocasiona é a migração de animais peçonhentos para a cidade. Um morador foi picado por escorpião na noite de ontem, mas já foi atendido e está bem. “Devido às fortes chuvas, os bichos procuram parte seca e isso é um grande problema”, afirmou a assistente social, Aline Costa.

Apesar de hoje ter dado uma trégua, em três dias foram registrados 368 milímetros de chuva. As famílias que foram levadas ao abrigo municipal, após as inundações, estão ansiosas para retornarem às suas casas, mas ainda não é aconselhável.

Em 24 horas, entre segunda-feira e terça-feira, foram registrados 124 milímetros. Até agora, aproximadamente 80 residências foram afetadas pela cheia do Rio Paraguai e quase 100 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas – algumas foram para casas de parentes e conhecidos. A Marinha do Brasil informou que o Rio Paraguai atingiu 4,62 metros ontem (26), ou seja, está 1,08 metro acima do nível normal.

As famílias abrigadas estão precisando de doações, pois muitas perderam quase tudo. “Estamos pedindo roupas, cobertores, alimentos”, ressaltou a assistente social.

Mesmo com o apelo de equipes da Defesa Civil, moradores apresentaram resistência para sair de suas casas e segundo a assistente social, algumas só aceitam sair quando estão vendo a água entrar em casa e não é aconselhável esperar até esse ponto. “Os bombeiros e Exército estão nos ajudando com botes”, completou ela.

Em razão das fortes chuvas, de setembro até agora, dez cidades do Estado decretaram situação de emergência: Bataiporã, Deodápolis, Coronel Sapuacaia, Itaquiraí, Japorã, Eldorado, Rio Verde de Mato Grosso, Bataguassu, Miranda e Novo Horizonte do Sul.

 

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