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Polícia

Derrotas recentes colocaram em xeque força da Lava Jato

Redação

[Via Correio do Estado]

A prisão do ex-presidente Michel Temer ocorre uma semana após a Lava Jato sofrer três derrotas que colocaram em discussão um possível enfraquecimento da operação.

A fundação criada pela Lava Jato em Curitiba para gerir R$ 2,5 bilhões, com multa da Petrobras devido a esquema de corrupção, foi suspensa após críticas de que a força-tarefa estaria extrapolando suas atribuições -inclusive da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

O STF também decidiu que crimes comuns, como corrupção, quando associados a crimes eleitorais, podem ser julgados pela Justiça Eleitoral -podendo tirar da Lava Jato parte dos processos.

Além disso, abriu inquérito para investigar fake news e ameaças contra ministros do Supremo, gerando desgaste com procuradores da Lava Jato, que estão entre os que fizeram ataques à corte.

Nesta quinta, três ministros do STF ouvidos pela Folha viram exageros e espetacularização na forma como a prisão de Temer foi conduzida, pouca consistência técnica e tentativa de desviar o foco de problemas do governo Jair Bolsonaro (PSL).

Esses integrantes da corte atribuíram a prisão a um jogo de protagonismo de juízes e procuradores da Lava Jato contra outras instituições, como o Congresso e o próprio Supremo.

Um deles disse que os excessos citados demonstram desespero ao que ele chamou de "crise existencial" da Lava Jato devido às recentes derrotas.

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