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Deputado excluído de grupo insiste em participar de comissão

Redação

[Via Correio do Estado]

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pelos deputados estaduais da Assembleia Legislativa para investigar possíveis irregularidades da concessionária de energia Energisa, continua sendo disputada pelos parlamentares. Isso porque o deputado Marçal Filho (PSDB) insistiu em fazer parte do grupo. Mesmo não sendo escolhido para compor a comissão, ele afirmou que vai contribuir com os trabalhos.

A disputa para ver quem seria o autor da proposta “popular” começou quando o deputado Renan Contar (PSL) pediu para que a comissão fosse instaurada. O deputado do PSL começou a articular assinaturas e, sem sucesso, conseguiu apenas seis apoios, porém, para criar CPI é necessário oito nomes.

Em seguida, o deputado Felipe Orro (PSDB) apresentou novo requerimento, alegando que teria encontrado uma prova “consistente” de que a empresa estaria fazendo cobrança indevida.

Após o tucano conseguir as 23 assinaturas, em que Contar também aderiu ao documento, começou uma disputa para saber quem seriam os integrantes da comissão.

Marçal pediu, em plenário, para participar do grupo, porém, Orro rebateu e disse que o líder do partido na Casa de Leis, Rinaldo Modesto (PSDB) que decidiria o nome do segundo integrante. Modesto escolheu ele mesmo, deixando seu correligionário de lado. "Serei eu e Rinaldo, do PSDB", confirmou Orro.

Mas, Marçal não aceitou a negativa e, novamente, anunciou em tribuna, que vai participar dos trabalhos. “Ajudarei nos trabalhos da Comissão de Inquérito, da forma que eu puder. Desde o ano passado devido ao reajuste abusivo nas contas estamos preocupados, pois após a realização de muitas audiências e ouvirmos da empresa que os valores se devem a um gasto a mais no verão, imagino como será neste próximo verão que se aproxima. Já apresentei projetos que beneficiam o consumidor em relação às contas de energia, um deles proíbe a cobrança do valor da conta mensal junto a parcelamento de débitos, multas e fraudes. Estou finalizando um terceiro que versa sobre o valor cobrado retroativamente na leitura quando as últimas três anteriores foram feitas pela média em períodos mais frios, e não in loco”, declarou o tucano.

PALANQUE

A intenção do deputado Renan Contar de criar a CPI não soou bem entre os demais parlamentares da Casa de Leis. Muitos disseram que Contar queria usar a pauta popular para se promover, ainda mais com a chegada das eleições municipais de 2020. “Deputado queria criar CPI para se promover; o parlamento precisa ser respeitado”, disse, anteriormente, Lídio Lopes (Patriotas), ao se referir também a vídeo gravado pelo deputado federal Loester Trutis, mesmo partido de Contar, em que o deputado de Brasília xingava os parlamentares que não assinaram o requerimento de seu correligionário.

Em contrapartida, Orro salientou que, por ser presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, no Legislativo, poderá direcionar melhor os trabalhos. “E sem contar que não sou candidato a nada no ano que vem”, rebateu o deputado.

Além de Contar, Marçal Filho, José Carlos Barbosa (DEM) e Renato Câmara (MDB) também pretendem se candidatar em 2020. A ideia dos três últimos é de serem prefeitos da cidade de Dourados.

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