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Defesa do pecuarista Zelito recorre ao STF e STJ contra prisão temporária

Redação

[Via Correio do Estado]

A defesa do pecuarista Zelito Oliveira Ribeiro, um dos presos pela Polícia Federal durante a Operação Vostok, ingressou ontem com dois recursos para tentar tirá-lo da cadeia. Um deles é habeas corpus em caráter liminar encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), e o outro é pedido de revogação da prisão temporária enviado ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), cujo o ministro Félix Fischer, relator do caso, pode rever sua decisão. O resultado deve sair hoje.

Segundo a advogada Andréa Flores, Zelito passou a noite na carceragem da Polícia Federal e hoje foi encaminhado à Agência Estadual de Administração Penitenciária (Agepen). O pecuarista de Aquidauana é apontado como um dos envolvidos mp esquema de pagamento de propina por meio da venda de gado ligado à JBS e à cúpula do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, incluindo o governador Reinaldo Azambuja, citado em delação como chefe.

Andréa disse que junto aos recursos foram anexadas cópias do depoimento de Zelito prestado ontem na Superintendência da PF em Campo Grande. A defesa fundamente que não havia necessidade da prisão, já o pecuarista sempre se colocou à disposição da justiça para prestar esclarecimentos desde que o caso veio à tona, em 2017. Além disso, quando foi solicitado, apresentou todas as documentações e notas fiscais necessárias tanto à polícia quanto à Receita Federal.

"A gente alega que os fatos são antigos. O que justificaria uma prisão temporária serio o auxílio às investigações, mas as investigações já aconteceram. Há lapso probatório, ou seja, o fundamento de que a prisão serviria para impedir a combinação de depoimento é descabida, pois passou muito tempo. A delação vazou em 2017. Ele então se colocou à disposição da justiça para responder. Toda vez em que era chamado, apresentava os documentos que pediam", disse.

OPERAÇÃO

A Polícia Federal deflagrou quarta-feira a Operação Vostok, com o objetivo de combater esquema de pagamento de propina a representantes da cúpula do Poder Executivo Estadual. Dentre os alvos da operação, estão o governador Reinaldo Azambuja, que teve o prédio onde mora alvo de mandados de busca e apreensão, pecuaristas responsáveis pela emissão das notas fiscais “frias”,  o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) e o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE/MS) Márcio Monteiro. Ao todo, são 14 investigados.

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