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Corredor Bioceânico pode dar nova vida ao Porto Seco

Redação

[Via Correio do Estado]

Não é somente Porto Murtinho que terá muito a ganhar com a implantação do Corredor Bioceânico, que ligará Mato Grosso do Sul aos portos chilenos de Antofagasta e Iquique. Campo Grande também integra o projeto e, assim que a movimentação de cargas pela ponte sobre o Rio Paraguai, entre Murtinho e Carmelo Peralta, começar, o Terminal Intermodal de Cargas da Capital, localizado no Anel Viário, entre as rodovias BR-060 e BR-163, ganhará ainda mais importância.

No Grupo de Trabalho do Corredor Bioceânico, integrado por representantes de Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, a capital de Mato Grosso do Sul terá um papel importante na distribuição dos produtos que passarem pela rota entre os oceanos Atlântico e Pacífico. “Hoje, a ideia é trazer o produto pelo corredor, isso já significa obviamente redução de custos logísticos”, explica o ministro e diplomata José Carlos Parkinson, coordenador do grupo de trabalho. “Em segundo lugar, se você trouxer esse produto para Campo Grande e usar o terminal multimodal, que está sendo implantado e eu espero que seja inaugurado em dezembro deste ano, para levar essa carga para outros destinos, para Sorriso (MT), para Palmas (TO),  Itaqui (MA), para outros destinos do território brasileiro, poderão ser usadas as vantagens que Campo Grande passará a oferecer”, complementa Parkinson.

A informação de que o Porto Seco será entregue até dezembro também é confirmada pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos de Campo Grande. As obras, que já receberam mais de R$ 20 milhões para a implantação, desde o início desta década, serão concluídas a um custo de R$ 3,3 milhões. Os trabalhos que restam ser feitos no local são a implantação de 2,5 quilômetros de rede água; 5,2 quilômetros de rede de esgoto; estação elevatória de esgoto; ativação de um poço; iluminação pública interna; conclusão de trechos de meio-fio; sinalização; recuperação do pavimento; e drenagem. A estrutura de logística foi planejada para ocupar área de 65 hectares.

ESPERA

Depois de concluído, o Terminal Intermodal de Campo Grande será administrado pelo Consórcio Empresarial ParkX, que venceu processo licitatório concluído em 2012, para administrar a estrutura por 30 anos. Como a obra não foi concluída, o período de concessão ainda não teve início.

“Estamos otimistas, e o nosso principal foco neste momento é a rota para o Oceano Pacífico e a reativação da via férrea”, explicou André Judas, diretor da ParkX. Há sete anos, quando estavam prestes a assumir, a ferrovia administrada pela Rumo ainda estava operante.

“Continuamos com todo o interesse em explorar o terminal. Uma série de clientes já demonstrou interesse”, explica. A maioria dos clientes seriam tradings de grãos, cooperativas e exportadores de carne bovina, suína e de frango.

“A área é muito boa, e o negócio em si é muito interessante. Houve alguns projetos e questões que foram distorcidas pelo tempo, mas, quanto a isso, continuamos em contato com nossos clientes e também com nossos parceiros nos projetos no setor público”, concluiu.

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