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Contrabando de cigarros em MS soma prejuízo de R$ 51 mi em evasão fiscal

Redação

[Via Correio do Estado]

Pesquisa divulgada pelo Ibope revela que 54% dos cigarros que circulam no Brasil são frutos de mercadorias contrabandeadas do Paraguai. Em números, o percentual implica em um rombo na arrecadação tributária de Mato Grosso Sul, em torno de R$ 51 milhões, em todo período de 2017.

O valor representa um volume de 497 milhões de unidades de cigarros circulando no mercado. Este cenário do mercado ilegal no Estado é um dos mais preocupantes em todo país e se comparado à média nacional, é ainda maior, visto que é a principal rota de entrada de contrabando no Brasil.

Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), entidade que lidera o Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro e representa mais de 70 associações de setores diretamente afetados pela ilegalidade, comenta o cenário:

“Esses números representam 62% de participação de todo o mercado de venda de cigarros no Estado – são dados alarmantes. O aumento do contrabando acontece em decorrência da crise econômica, da fragilidade das fronteiras e, principalmente, em função do aumento contínuo de impostos”, argumenta.

Nos últimos três anos, a participação do mercado ilegal aumentou de 45% para 62% (maior índice do país e acima da média nacional) - um crescimento de 17p.p. Durante o mesmo período, o volume atingiu 57% - passando de 317 para 497 Milhões de unidades de cigarros.

O que representa um crescimento circunstancial de 72% também na evasão fiscal (de R$ 30 milhões para R$ 51 milhões).

A marca de cigarros lider de mercado regional (EURO) que é proveniente do contrabando atingiu 17% de share e também apontou crescimento de 13 p.p.

O Estado do Mato Grosso do Sul é um dos principais destinos do contrabando oriundo do Paraguay. Uma das principais portas de entrada de contrabando para o Brasil, principalmente de cigarros que depois seguem para diversas cidades na região Sudeste, Centro e Nordeste. Principalmente na MS-165, MS-385, MS-267 e MS-299.

“25% das apreensões que são efetuadas no Brasil ocorrem dentro do Mato Grosso do Sul, o que mostra a questão estratégica para o país de cuidar dessas fronteiras, principalmente dentro do estado” - Henry Tamashiro de Oliveira, auditor-fiscal da Receita Federal.

*Com informações da FSB Comunicação

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