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Como manter a saúde mental e reduzir a ansiedade durante a pandemia

Redação

A pandemia do novo coronavírus transformou a vida das pessoas em todo mundo e lançou novos desafios. Os planos de viagens, a convivência em sociedade, e até a forma de trabalhar precisaram ser adaptados para o que está sendo chamado de novo normal. O perigo potencial do vírus e a inexistência de um medicamento capaz de conter a doença faz com que a principal arma nesta guerra seja o isolamento social. Porém, dependendo de como ele está sendo vivido pode causar transtornos psicológicos como ansiedade, depressão e estresse da população adulta conforme indicam estudos chineses e europeus. Diante disso, especialistas afirmam que manter a saúde mental e física durante a pandemia é fundamental para enfrentar essa crise.

Mestre em Ensino e Saúde e Responsável pelo Serviço de Atendimento Psicológico ao Corpo Discente da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, a psicóloga Natali Portela reforça o alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a infodemia e os perigos da desinformação neste processo. “É necessário informar-se de maneira mais adequada, isto é, gerenciar a quantidade e a qualidade das notícias que absorvemos diariamente. Além disso, o isolamento deve ser apenas físico, sendo importante manter-se em contato com amigos e familiares, procurando saber das pessoas queridas e também contar sobre você”, observa indicando o uso de ferramentas tecnológicas.

Dr João Pedro indica a atividade física para evitar transtornos psicológicos durante a quarentena

Embora não exista uma fórmula que vá servir para todos, a profissional fala da busca individual e a construção de uma rotina a partir de interesses e possibilidades. Aqueles que se sentiam bem com a rotina de antes da pandemia, que busquem desenvolver uma dinâmica que seja mais próxima possível da que se tinha. Aos que não estavam satisfeitos, o convite é para que encarem este momento como uma oportunidade de se conhecer melhor e se reinventar. “A psicologia pode contribuir neste processo e muito profissionais estão oferecendo atendimento online com valores acessíveis e até gratuitos”, orienta Natali que atua há 18 anos na área clínica.

Com atuação na medicina do esporte, o ortopedista João Pedro Horta Marcato, lista mecanismos essenciais para um gerenciamento saudável dessa crise como forma de manter a qualidade de vida. “A atividade física é muito indicada. Serve para gente manter a capacidade física que soma um monte de coisas. Vai somar o bem estar, a estética, que é o autocuidado, saúde mental, o controle das doenças cardiovasculares, o controle do peso, qualidade do sono, e a autonomia que é muito importante”, afirma indicando o esporte como ponto de equilíbrio na nova rotina.

Luísa insere no dia a dia ‘eventos sociais’ para ajudar na ansiedade

O especialista reforça que no caso das atividade física domiciliar que faz parte do novo normal, é recomendado que o indivíduo mantenha as atividades que já fazia antes. “Não inventar não fazer coisa nova, porque por mais simples que pareça se não for bem realizada pode levar o paciente a ter complicações, então é muito importante fazer só o que a gente domina. Não aumentar e transformar o treino numa modalidade mais pesada, e ter cuidado com o mobiliário que será utilizado em casa para essa prática”, alerta.

A jovem Luísa Bruno Mello de 21 anos faz parte dos milhões de brasileiros que tiveram a vida transformada com a pandemia. O apartamento em que vive se transformou também no ambiente de estudo e de trabalho em período integral. Se arrumar para o home office, ou uma produção mais elaborada com make e uma roupa bonita para um jantar a luz de velas, estão entre os eventos criados por ela para driblar a rotina dentro de casa.

“A gente tem muito essa ideia de que é inútil se arrumar para ficar em casa e gastar maquiagem se não vai fazer nada. Eu crio momentos dentro de casa para me produzir. Não precisa ficar horrível para ficar dentro de casa, é se arrumar para se sentir bonita para você mesmo, tirar umas selfies e se sentir bem com isso. Parece uma bobagem, mas faz diferença”, recomenda.

Via Governo do Estado

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