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Com vacinação em queda, secretário de Saúde diz que vai lutar por “passaporte da vacina”

Redação
Resende disse que imunização é fundamental para controlar variante Delta, que circula pelo menos há 2 meses no Estado

Após meses liderando o ranking nacional de vacinação, Mato Grosso do Sul começa a apresentar desaceleração no processo de imunização contra a Covid-19.

Para que o processo seja revertido, o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, disse ao Correio do Estado que defenderá a exigência do passaporte da vacina para frequentar locais públicos em Mato Grosso do Sul.

O objetivo é atingir o público da faixa etária dos 18 a 39 anos.

“Há muita gente dessa faixa etária que não vacinou, e a gente corre o risco de aumentas os casos porque são eles que frequentam shopping, restaurante, ambiente, shows. Então vou defender o passaporte para frequentar espaços públicos”, ressaltou.

Além disso, a obrigatoriedade poderá ser exigida também para receber auxílios financeiros de programas sociais.

“Vou levar sugestão para o governo, de que para receber os benefícios do programa social tenha que apresentar a carteira de imunização contra a Covid-19”, disse.

“Sexta-feira (10) fiz uma reunião para adotarmos uma estratégia nova, diferenciada, para enfrentarmos o declínio da vacinação. Não só estagnou, está decaindo, teve uma desaceleração no processo de vacinação”, relatou Resende.

O encontro foi com a Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomul), Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e Secretaria Municipal de Corumbá.

“Estamos fazendo, conversando, discutindo e selamos um pacto que os prefeitos e os secretários reforcem a busca ativa, de priorizar o grupo de idosos, os imunossuprimidos, priorizar os adolescentes e a busca ativa pela segunda dose daqueles que não tomaram”, informou.

Até o momento, o Estado já aplicou 3.254.997 doses das vacinas contra a Covid-19, mas apenas 48.76% da população vacinável está com o esquema de imunização completo.

“Vamos acompanhar atentamente e acredito que após essa reunião de ontem nós poderemos dar um processo de reversão nessa tendencia de queda”, disse Resende.

Agora, o objetivo é atingir a imunidade coletiva e atingir 70% da população totalmente imunizada.

“Se a gente conquistar isso aí, acredito que não vai ter campo para a variante Delta fazer uma onda nova aqui”.

Na segunda-feira (6), Mato Grosso do Sul confirmou três casos da variante Delta, de amostras que foram coletadas em julho deste ano.

Também foi confirmado um caso de um paciente do Rio de Janeiro, mas o vírus foi detectado rapidamente e ele foi mandado de volta para o estado de origem.

O secretário acredita que a vacinação foi responsável pela contenção da nova variante no Estado, que está presente há pelo menos 2 meses em Mato Grosso do Sul.

“Ela encontrou um estado muito avançado na imunização, mas ela também não é predominante ainda, tem todas as variantes aqui”, apontou.

“Se ela for predominante, pode fazer como fez no Rio de Janeiro, quatro meses depois de estar presente lá e se tornar a dominante. No Rio, ela fez um novo boom de casos”, completou.

Via Correio do Estado

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