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Chefes da Máfia do Cigarro são condenados e mais 6 PMs vão a julgamento

Redação

[Via Correio do Estado]

Oficiais da Polícia Militar acusados de chefiarem a Máfia do Cigarro, que operava a partir da fronteira com o Paraguai, foram condenados durante julgamento realizado ontem, na Vara da Auditoria Militar, localizada no Fórum de Campo Grande. Outros militares envolvidos no esquema de contrabando desmontado pela Operação Oiketicus sentam nos bancos dos réus nos dias 13, 17 e 18.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), o tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa, um dos principais articuladores, foi condenado a 7 anos, um mês e dez dias de reclusão, inciando em regime fechado, não podendo recorrer em liberdade. Ele foi condenado por corrupção passiva com continuidade delitiva, pois agiu entre 2016 e 2018. Por outro lado, foi absolvido dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva também pegou sete anos, um mês e dez dias de prisão por corrupção passiva com continuidade delitiva, pois assim como Cristaldo, agiu entre 2016 e 2018. Luciano foi absolvido de organização criminosa. Por sua vez, o major Oscar Leite Ribeiro foi condenado à pena de dois anos de detenção, inicialmente em regime aberto, podendo apelar em liberdade, pelo delito de prevaricação.

No próximo dia 13, serão julgados os praças Aparecido Cristiano Fialho, Claudomiro de Goez, Cleyton Azevedo, Marcelo de Souza Lopes e Nilson Procedonio, a partir das 13h30, na Vara da Auditoria Militar. No dia 17, o segundo sargento da PM Ricardo Campos Figueiredo será julgado por organização criminosa, juntamente com Aparecido Cristiano Fialho. No dia 18, Ricardo será novamente julgado, desta vez por obstrução da justiça, pois destruiu celulares durante a operação.

JULGAMENTO

Sete policiais militares presos durante a Oiketikus por envolvimento com contrabandistas, principalmente cigarros, foram condenados na quinta-feira passada. As sentenças foram dadas pelo juiz Alexandre Antunes da Silva.

Lisberto Sebastião de Lima, Elvio Barbosa Romeiro, Vandison de Pinho, Ivan Edemilson Cabanhe e Erik dos Santos Osuna foram condenados pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa. Tiveram pena de 11 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado.

Enquanto isso, Angelúcio Recalde Paniagua e Jhondnei Aguilera acabaram condenados pelos mesmos crimes, com o agravante, e penas mais pesadas, de que foram apontados como os líderes do esquema, mas pegaram a mesma pena, de 11 anos e quatro meses de reclusão cada, na mesma condição. Apenas um dos PMs levados ao tribunal, Nazário da Silva, foi absolvido das acusações, sob a alegação da falta de provas contundentes.

HISTÓRICO 

Os mandados tiveram como alvo as residências e locais de trabalhos de todos os investigados, distribuídos nos municípios de Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão, Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá. A operação batizada por Oiketicus faz alusão às lagartas desta espécie que constroem uma estrutura com seda e fragmentos vegetais, com o formato semelhante a um “cigarro” alongado, e serve para a sua proteção. O “cigarro” vai sendo ampliado com o crescimento do inseto.

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