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Economia

Cesta básica tem a segunda alta consecutiva em Campo Grande

Redação

[Via Correio do Estado]

Campo Grande encerrou o primeiro trimestre do ano com aumento de 5,82% da cesta básica. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o mês de março fechou com aumento de 2,02%, o que representa a segunda alta consecutiva neste ano. Mesmo assim, foi a a 17ª variação positiva entre as dezoito capitais que participaram da pesquisa. Com o novo aumento, o custo da cesta passou de R$ 438,64 para R$ 447,50, um acréscimo de R$ 8,86 em relação a fevereiro. Já na cesta familiar, o aumento foi de R$ 26,58, fechando em R$ 1.342,50. “No período de 12 meses, o percentual [de aumento] chegou a 17%, a sexta variação mais expressiva entre os locais estudados”, apontou o Dieese.

A pesquisa mensal apontou ainda que a banana e o tomate foram os grandes vilões da cesta básica do campo-grandense. Dos oito itens pesquisados, a banana foi a que teve maior variação, passando de uma deflação de -6,76% em fevereiro para um aumento de 18,32% no mês passado. Também apresentaram essa reversão considerável de preços o tomate, que passou de -2,58% para 10,12% de alta e o café, que passou de -1,36% para 2,34% no período. Porém, estes não foram os únicos itens a pesarem no bolso do consumidor em março. A batata, embora tivesse mantido o aumento observado no mês anterior, fechou com 13,96% de alta. O arroz e o leite de caixinha tiveram aumentos de 2,20% e 0,60%, respectivamente.

Na outra ponta, apresentaram retração dos preços o feijão carioquinha (-10,92%), ainda pequeno para reverter a variação de 161,12%, registrada nos últimos 12 meses em Campo Grande. O preço médio do feijão no trimestre foi de R$ 7,44. As outras oscilações negativas foram registradas nos preços de Carne bovina (-1,74%), Açúcar cristal (-0,52%), e Farinha de Trigo (-1,69%) - cujo preço médio no mês foi de R$ 2,71.

COMPROMETIMENTO
Ainda conforme informações da Dieese, o nível de comprometimento do salário mínimo líquido para aquisição de uma cesta básica na capital registrou discreta alta em 0,96 pontos percentuais, uma vez que o percentual passou de 47,77% em Fevereiro, para 48,74% em Março de 2019. Com isso, os trabalhadores  que recebem um salário mínimo viram a jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica aumentar em 1 horas e 58 minutos em relação à fevereiro, fechando em 98 horas e 39 minutos. Nesse primeiro trimestre de 2019, o aumento na jornada foi de 7 horas e 12 minutos.

PAÍS 
O custo do conjunto de alimentos essenciais subiu em todas as capitais no mês passado. As altas mais expressivas ocorreram em Brasília (11,09%), Florianópolis (7,28%), São Luís (7,26%) e Curitiba (7,20%). A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 509,11), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 496,33) e Porto Alegre (R$ 479,53). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 382,35) e Aracaju (R$ 385,62).

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