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Ceasa tem estoque que vai durar até esta quinta-feira

Redação

[Via Correio do Estado]

Dos 150 caminhões que estavam previstos para descarregar no Ceasa em Campo Grande, apenas dois conseguiram chegar no local até esta quinta-feira (24). Situação essa que vai causar desabastecimento de produtos alimentícios na cidade. Os produtos estocados só vão durar até hoje.

Gustavo Landvoigt, gerente de uma rede de supermercados, confirmou a situação. "A paralisação está atrapalhando a gente na distribuição. Principalmente para o interior já há estoques zerados. Só temos a mercadoria que conseguimos nesta manhã. Não conseguimos mandar mercadorias para os supermercados desde terça-feira."

Adoilson Ferreira Varga, proprietário de supermercado, reconheceu que a escassez nas gôndolas vai fazer o preço dos alimentos subirem. "Tinha uma expectativa de quatro dias de mercadoria e só consigo atender até amanhã (sexta-feira). E o preço disparando. Tem produto, como a batata, que chega a 92% de alta. Ela saiu de R$ 3,50 para R$ 5."

Segundo ele, as altas de valores começam na Ceasa e passam por efeito cascata. "Se a Capital está nesse caos, você imagina como vai ser no interior? Lá, sim, vai ser maior", comentou Landvoigt.

Comerciantes disseram que os principais produtos que podem faltar são batata e tomate. Algumas frutas também podem acabar a partir deste sexta-feira (25).

A orientação no Ceasa é que quem precisar comprar alimentos, pode ir diretamente no pavilhão do produtor para fazer compras. A unidade fica na Rua Antônio Rahe, no Conjunto Residencial Mata do Jacinto. "A gente incentiva as pessoas a virem. Temos o produtor que vende no atacado e no varejo. Eles vendem aqui em pacotes com preço mais em conta", explicou Edmilson Bandeira, gerente do pavilhão.

PRODUTOS

O estoque de frutas no Ceasa ainda deve durar por alguns dias, mas produtos como folhagem devem acabar com a falta de reposição. A distribuição de alimentos, por enquanto, está sendo mantida por pequenos produtores que conseguem chegar no Ceasa utilizando caminhonetes.

O grande problema em Mato Grosso do Sul é que em torno de 80% do que é consumido no Estado precisa vir de fora, sendo transportado por caminhões. "Com o bloqueio nas estradas, a maioria dos produtos não está chegando", reconheceu Edmilson Bandeira, gerente no Ceasa.

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