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“Capacidade de consumo do brasileiro alavancaria economia”, diz Ciro Gomes

Redação

[Via Correio do Estado]

Durante visita à Campo Grande, o ex-presidenciável e vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, destacou três propostas de investimentos para que o Brasil volte a crescer. A primeira delas é a restauração da capacidade de consumo do brasileiro e a aplicação do orçamento público nas pastas. “Cidadão desesperado com motocicleta e mochila nas costas para ganhar R$ 5,00? Por essa tragédia que é a desregulamentação do mercado de trabalho no Brasil. Essa desopressão está produzindo tipo de emprego que não vai restaurar capacidade de consumo das famílias”, destacou.

Outra proposta para tirar o Brasil da crise, de acordo com Ciro, é o investimento nas áreas de saúde, educação e segurança. “Se o governo não executa o orçamento, temos desastre. Apenas 6% foi aplicado na segurança, até agora”, afirmou.

Na manhã desta sexta-feira (16), Ciro Gomes palestrou para acadêmicos do curso de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Os temas da palestra eram sobre as reformas econômicas e sociais e a retomada do crescimento.

Ciro destacou a necessidade de três propostas: Ideia, exemplo e militância. “A ideia é aperfeiçoada pelo pensamento acadêmico e nós, no Brasil, estamos espancando a academia, a inteligência brasileira está expulsa do debate nacional e temos inteligência qualificada para qualquer desafio”, afirmou.

O ex-presidenciável adiantou que a próxima agenda dele será no Rio Grande do Sul e depois em Minas Gerais. “Lá eu quero chamar atenção da imprensa brasileira para o centro de nano tecnologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)”, declarou Ciro ao reforçar que a economia seria alavancada em cinco anos com investimentos nessa área.

Outra preocupação de Ciro é, segundo ele, o resgate da cultura. “Ambiente da cultura e da arte é o ambiente da sofisticação crítica”, afirmou ele.

ACORDOS INTERNACIONAIS

Ciro Gomes criticou as ações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação aos acordos internacionais. “Vamos sentir os efeitos do problema Argentino que é nada mais nada menos maior mercado para produção industrial do Brasil, então a indústria de calçados e a automobilística vão sofrer os esfeitos do problema argentino”, declarou.

Ciro lembrou do conflito entre a China e os Estados Unidos. “O Brasil só tem a ganhar nessa briga porque a grande forma que a China tem de retaliar os americanos é optando por produtos agrícolas do Brasil, que é o maior fornecedor do mundo em detrimento do produto americano, e o que o presidente ta fazendo? Agride os chineses e se alinha aos americanos. Camarada está trabalhando contra o País, ele não entende patavina de nada porque ele é um idiota”, disse.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O segundo pilar, de acordo com Ciro, seria um regime de repartição até o teto de R$ 4 a R$ 5 mil para todos os demais brasileiros, inclusive militares e um terceiro pilar de capacitação pública, com contribuição patronal de adesão voluntária para quem quiser ter aposentadoria maior. “Isso garantia que num prazo muito rápido, casado com outras providências de natureza tributária, como o desconto de 20% nas atuais renúncias fiscais, que chegam a R$ 486 bilhões por ano, o Brasil, em menos de 24 meses, estaria fora do déficit”, explicou.

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