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Campo-grandenses prometem lotar Câmara Municipal com movimento #aumentoNão

Redação

[Via Correio do Estado]

Cerca de 2 mil pessoas confirmaram interesse em participar da movimentação contra o aumento salarial dos vereadores, que está marcado para amanhã, às 9h, durante a sessão, na Câmara Municipal.

O evento que possui a #aumentoNÃO foi criado no Facebook na última quinta-feira, pelo empresário Guto Scarpanti, 37 anos.

“A votação do aumento salarial dos vereadores foi feita de ‘supetão’. Pegou todo mundo de surpresa. Em cinco minutos eles votaram o projeto que tramitou em regime de urgência. Sem diálogo algum com a sociedade”, pontuou.

O movimento tem ganhado força nas redes sociais e tem mostrado a insatisfação da população campo-grandense com a medida adotada na última semana pelos parlamentares da Casa de Leis.

“Tem milhares de pessoas desempregadas na cidade. Vivemos uma crise econômica e temos vários comércios fechando. Fiquei indignado com o aumento salarial deles. A gente tem que se manifestar e mostrar nossa insatisfação. Acredito que muitas pessoas compartilham do mesmo sentimento”.

Segundo ele, a movimentação é uma chance de tentar reverter a proposta que segue para a sanção do prefeito  Marcos Trad (PSDB). “Ele pode sancionar ou não. Temos que mandar nosso recado para que não sancione”.

A expectativa é que ao menos 500 pessoas participem do movimento. “Esperamos que as pessoas vão com faixas mostrando como se sentiram com esse aumento. É indecente. Essa era uma preocupação que os vereadores deveriam ter e não a população”.

O projeto de Lei 9.153/18, da Mesa Diretora, fixa a remuneração dos vereadores para a legislatura 2021/2024 fixa em 75% da remuneração dos deputados estaduais o subsídio dos vereadores. O texto segue para a sanção do prefeito.

Se fosse hoje, os vereadores deixariam de receber R$ 15.044 e passariam a ter como remuneração R$ 18.991. O valor é baseado no teto do reajuste aprovado de 75% sobre o atual salário dos deputados esta duais em vigência, de R$ 25.322.

EXECUTIVO

Outro texto que também deve ser alvo dos manifestantes amanhã é o aumento salarial do prefeito, da vice-prefeita, procuradores e os secretários desta gestão.

a Proposta de Emenda à Lei Orgânica 79/18, da Mesa Diretora, que altera e acrescenta dispositivos na Lei Orgânica do Município de Campo Grande ainda tem que ser votada em segunda discussão, após dez dias, seguindo prazo regimental.

O reajuste é estabelecido em relação ao limite do subsídio fixado em 90,25% do salário mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que corresponde hoje a R$ 39.293,32. Desta forma Trad pode ganhar até R$ 35.462,22.

O reajuste da vice-prefeita, Adriane Lopes (PEN), corresponderá a 90% do subsídio do prefeito, ou seja, poderá ganhar R$ 31.916,00.

O subsídio mensal dos secretários municipais, do procurador-geral e de titulares das entidades da administração indireta corresponderá a 85% do subsídio do prefeito.

Por exemplo: o secretário de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, recebe atualmente R$ 18.324,55 bruto. O salário dele pode subir para R$ 28.369,78.

Dos 24 vereadores que participaram da votação das duas matérias, apenas Vinícius Siqueira (DEM) e André Salineiro (PSDB) foram contra.

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