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Campanha contra gripe altera grupos prioritários para não ocorrer choque de vacinas

Redação
Com campanhas simultâneas a partir de semana que vem, vacinação contra gripe e covid-19 não podem ser tomadas juntas

Grupo de pessoas com mais de 60 anos farão parte da segunda etapa da vacina contra a Influenza em 2021. Mato Grosso do Sul contará com duas campanhas de vacinação simultâneas a partir do dia 12 de abril, contra a Covid-19 e a Influenza.

As campanhas acontecerão em paralelo e já levantam dúvidas sobre quem deve tomar as doses, qual o tempo de espera entre uma vacina e outra e como será a organização para evitar aglomerações nos postos de saúde.

Geralmente, a Vacinação contra gripe tem início pelos idosos. Entretanto, este ano este grupo foi transferido para a segunda etapa de vacinação, para não haver conflito entre os dois calendários de vacinação.

Este ano, será realizada a 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, no período de 12 de abril a 09 de julho de 2021. De acordo com o calendário divulgado pelo Ministério da Saúde, no primeiro grupo estão crianças, gestantes, mulheres no puerpério (que tiveram filho há pouco tempo), indígenas e trabalhadores de saúde.

A médica infectologista, Mariana Croda explica que é muito importante receber a vacina da gripe durante a pandemia, já que tanto a gripe quando a Covid são doenças que afetam o sistema respiratório.

“Principalmente, o grupo colocado como de risco que são gestantes e crianças, que são pessoas que não estão na primeira leva da vacinação para Covid e são prioritárias neste momento para influenza”, destaca.

A partir do dia 11 de maio, a vacinação será em pessoas com mais de 60 anos e professores. Entre os dia 9 de junho e 9 de julho serão imunizados indivíduos com comorbidades ou deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores do sistema rodoviário e portuário, forças de segurança e das Forças Armadas, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade e jovens de 12 a 21 anos que estão sob medidas socioeducativas.

Prazo entre as vacinas

Segundo as orientações das autoridades em saúde pública, para receber as vacinas da gripe e da Covid-19, é preciso esperar por um intervalo de 15 dias entre uma e outra, segundo as orientações das autoridades em saúde pública.

Croda detalha que toda vez que uma pessoa recebe uma vacina deve haver um prazo de 14 dias para resposta imunológica do vacinado. “Além disso, o intervalo é para a gente não confundir os eventos adversos que possam surgir. Então damos esse prazo para uma margem de segurança”.

As reações adversas da vacina da gripe incluem dor, vermelhidão e endurecimento no local da injeção, febre, mal-estar e dor muscular. Apesar das poucas informações que a vacinação contra a covid-19 já disponibilizou, as pessoas que já foram imunizadas com a vacina também relataram dor local, inchaço e vermelhidão.

“Ressalto que ambas são seguras, a gente já conhece a vacina da gripe, ela não alterou é a mesma vacina, ela também é produzida pelo Butantan, assim como a da Covid. Então a gente não tem muito medo sobre elas”.

A pessoa que tomar a primeira dose da Coronavac, deve aguardar o prazo de 14 a 28 dias para receber a segunda dose. Assim, é necessário aguardar mais duas semanas para tomar a vacina contra a gripe.

Já o imunizante da Astrazeneca, que possui prazo entre a primeira e a segunda dose de três meses, a vacina da gripe pode ser aplicada entre os dois períodos.

Desse modo, a pessoa pode tomar a primeira dose e aguardar duas semanas para receber a vacina contra a gripe. Na sequência, basta esperar os dois meses e meio restantes para completar a proteção contra a covid-19 com a segunda dose da Astrazeneca.

Qual priorizar?

De acordo com Croda, se uma pessoa fizer parte do público-alvo das duas campanhas, a prioridade deve ser dada à vacina contra a Covid-19. Ela ressalta que a vacina contra a Influenza deve ser tomada logo depois do período de espera.

“A associação das duas vacinas não há problema nenhum em utilizar uma vacina ou outra, as duas não se cruzam e não tem nenhum problema em realizar a vacinação concomitante, com o prazo de duas semanas entre elas”.

Via Correio do Estado

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