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Após sete meses, prefeitura acaba com o toque de recolher em Campo Grande

Redação
Prefeito disse que a medida teve resultados positivos, mas prorrogar não surtiria mais efeito

Desde esta quinta-feira (15), Campo Grande não tem mais o toque de recolher. A medida estava em vigor até dia 14/10 e não foi prorrogada, segundo confirmou ao Correio do Estado o prefeito Marcos Trad (PSD).

De acordo com Trad, na última prorrogação, a vigência da restrição de circulação ficou estabelecida para das 1h às 5h e prorrogar novamente o prazo ou alterar o horário não surtiria efeito.

“Não há mais necessidade, porque diante da queda brusca de casos e das ocupações dos leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], colocar das 3h às 5h,nesse momento de tempo fica sem efeito qualquer”, afirmou ao Correio do Estado.

Ainda segundo o prefeito, durante os quase sete meses em que ficou vigente, o resultado foi positivo, mesmo com a desobediência de alguns empresários e população.

“Teve muito resultado positivo, principalmente quando ele era entre 22h e 5h. Onde teve a diminuição maior foi nos casos de furtos e roubos”, disse Trad.

Toque de recolher foi decretado no dia 21 de março deste ano, devido à pandemia do coronavírus.

Inicialmente, a restrição era das 22h às 5h. Nesse período, ficou proibida a circulação de pessoas pelas vias da Capital, exceto quando necessária para acesso aos serviços essenciais e sua prestação, como pessoas que precisavam ir até uma unidade de saúde, farmácias ou supermercados, ou trabalhadores do turno da noite e madrugada.

Os estabelecimentos comerciais que não são essenciais também deveriam fechar as portas neste horário, permitido apenas o atendimento delivery.

Decreto era uma das medidas de enfrentamento à Covid-19 e teve como objetivo diminuir a circulação e aglomeração de pessoas, para diminuir o contágio pelo coronavírus.

De março até quarta-feira (14/10), houve várias prorrogações do toque de recolher, com diversas alterações de horário da restrição. A mais restritiva foi imposta entre o fim de julho e agosto, quando foi registrado o pico do contágio na Capital, e o toque iniciava às 20h.

Equipes da Guarda Municipal, Vigilância Sanitária e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) ficaram responsáveis pela fiscalização, com flagrantes de desrespeito em todos os dias que o decreto ficou vigente.

No fim de setembro, o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Luiz Eduardo Costa, já havia adiantado que a tendência era a medida acabar gradualmente, mas informou a possibilidade de nova prorrogação com redução de horários.

Segundo Trad, prefeitura está acompanhando diariamente, com três boletins diários, a situação da pandemia na Capital e os números apontam que não é necessário mais o toque de recolher.

Boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) aponta que, até esta quinta-feira, Campo Grande tem 33.419 casos confirmados de Covid-19 e 1.469 mortes pela doença desde o início da pandemia.

Nas últimas 24 horas, foram 185 novas confirmações e um óbito na Capital. Taxa de ocupação dos leitos de UTI da macrorregião da Capital está em 70%.

“Nos preocupamos com a economia, mas criamos alternativa para que ela funcionasse e agora está com total capacidade. Nossa preocupação maior é cuidar das pessoas”, concluiu Trad, acrescentando que novas medidas podem ser tomadas dependendo do avanço da pandemia.

 

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