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Após domínio, Brasil chega ao Mundial de vôlei com incertezas

Redação

[Via Correio do Estado]

inguém foi mais dominante no cenário do vôlei masculino internacional neste início de século do que o Brasil. Desde 2002, a seleção brasileira vem sendo a protagonista nas principais competições do planeta, tendo acumulado uma quantidade impressionante de títulos e presença constante em pódios.

Mas, às vésperas de estrear na disputa do Mundial masculino que começa neste domingo (9), na Itália e na Bulgária, esta realidade nunca esteve tão próxima de mudar.

Com três títulos e um vice nas últimas quatro edições do torneio, a seleção brasileira, que fará sua estreia no dia 12, contra o Egito, chega ao Mundial sob desconfiança.

Entre os motivos estão a decepcionante campanha na Liga das Nações (quarto lugar) além de lesões importantes como as dos ponteiros Maurício Borges e Lucarelli.

Problemas, contudo, que não diminuem o otimismo do técnico Renan Dal Zotto.

“O Mundial é uma competição extremamente difícil, onde todas as seleções chegam com o que têm de melhor e, por isso, a expectativa é de muito equilíbrio. Sabemos que chegamos bem tanto física, quanto tecnicamente. Agora fica a expectativa por um bom desempenho”, disse Renan, que assumiu em 2017 após a saída de Bernardinho.

Neste domingo (9), enquanto o Mundial será aberto com duas partidas -Itália x Japão e Bulgária x Finlândia-, o Brasil encerra sua preparação na Alemanha, onde chegou na última quarta-feira (5). A equipe está em Dresden, onde fará o segundo e último amistoso contra a seleção alemã.

A falta de mais jogos amistosos foi apontada pelo treinador como uma das grandes dificuldades na preparação.

"Talvez pudéssemos jogar um pouco mais, como outras seleções fizeram, mas entendemos a dificuldade de estarmos em um continente distante. No decorrer do campeonato isso não vai fazer tanta diferença assim", crê o técnico.

O retrospecto decepcionante na temporada, após ficar fora do pódio na Liga das Nações (antiga Liga Mundial) não é visto por Renan como o maior problema da equipe, mas sim o equilíbrio entre as grandes forças do vôlei mundial.

"Várias seleções estão em condições de conquistar o título. Nas últimas competições, cada vez é uma grande seleção que se consagra campeã. As chances existem, claro. Mas é fato que cada vez é mais complicado estar em um pódio pelo equilíbrio", disse.

No vôlei masculino, esse nivelamento de forças é um cenário raro ao Brasil. Graças a gerações excepcionais sob o comando de Bernardinho, a seleção passou os últimos 16 anos acumulando títulos.

Além dos três mundiais, a equipe ganhou dois ouros (Atenas-2004 e Rio-2016) e duas pratas (Pequim-2008 e Londres-2012) em Olimpíadas. De 2001 para cá, foi oito vezes campeã da Liga Mundial, além de ter sido vice em outras seis edições.

O Mundial de 2018 terá uma novidade: será a primeira vez que o torneio acontecerá em duas sedes. Dos 94 jogos até a final, dia 30, 42 serão em três cidades búlgaras, enquanto as outras 52 acontecerão em seis sedes italianas. A partir da terceira fase, todas as partidas serão em Turim (ITA).

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