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Educação

Alunos lamentam cortes do MEC de quase R$ 30 milhões

Redação

[Via Correio do Estado]

Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul lamentam o corte de quase R$ 30 milhões divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) que seriam destinados a instituição de ensino. Para eles, a falta dos recursos vai piorar a situação dentro da universidade. De acordo com a assessoria de imprensa, além do impacto nos projetos de extensão e bolsas de estudo, o operacional da UFMS poderá ficar comprometido.

A estudante de Medicina, Júlia Souza, de 18 anos, disse que o laboratório do curso dela é o menos prejudicado quando se diz respeito a recursos, mas que os demais cursos sofrerão muito. “Nós, da medicina, somos privilegiados comparado com os outros cursos, como psicologia e artes, por exemplo. Mas nós tememos por eles, pois a situação deles já não é das melhores e com esse corte, as coisas vão piorar”, afirmou ela.

A estudante de pedagogia, Heloísa Ribeiro, de 20 anos, também lamentou os cortes. “Um absurdo, afeta diretamente o campo de pesquisa e científica e não é assim que vamos sair da crise, não é cortando da educação. Para se desenvolver projetos, muitos precisam de bolsas, e como será agora? Eu mesma pensava em fazer projetos e artigos de pesquisa, mas e agora? Como é que vai ficar?”, indagou a estudante.

A estudante de Odonto, Isabela Schefler, de 22 anos, também lembrou das bolsas de estudo. Ela está desde fevereiro esperando o pagamento, mas já informaram que não tem previsão para acontecer. “Temos vários projetos para começar a aplicar, mas não tem dinheiro, não tem financiamento e ainda vão cortar mais 30%”, reclamou ela. A estudante lembrou também dos atendimentos que os alunos fazem no laboratório de odontologia, dentro do Campus da universidade. “A gente se vira nos 30 para tentar dar um atendimento próximo do digno para os pacientes e não é assim só no meu curso não. Tem muita coisa que a gente quer fazer e tem vontade de fazer e se fizermos, sabemos que tem um efeito muito positivo para a população. Não fazemos porque não temos incentivo (financeiro), essa é a realidade. Já não tínhamos muita coisa, agora temos 30% a menos dessa pouca coisa”, reclamou ela.

REITORIA

De acordo com a assessoria de imprensa da UFMS, o reitor da universidade, Marcelo Augusto Turine, vai se reunir com os sete pró-reitores, os dois diretores e os três secretários para definirem estratégias que a instituição deverá tomar após esse corte de quase R$ 30 mil. Eles consideram o estado crítico e precisam definir metas a serem tomadas a partir de agora.

Ainda de acordo com a assessoria, além dos projetos de extensão e de bolsas de estudos, bem como ações que atendem a população, que já estão comprometidos por falta de recursos, agora a universidade corre risco de não conseguir pagar as contas básicas como água e luz, assessoria afirmou ainda que o problema será operacional e o corpo da diretoria vai se reunir para definir estratégias de como superar essa crise.

A questão da limpeza também poderá ser afetada, pois como farão para pagar terceirizadas sem os valores que eram repassados.
Segundo o reitor Marcelo Turine, todas as atividades desenvolvidas na UFMS serão atingidas pelo corte no orçamento. “Vamos ter de nos unir mais, repensar todos os editais de apoio e criar estratégicas criativas e inovadoras para manutenção do funcionamento da nossa UFMS”, finalizou.

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