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Agência de Serviços Públicos é a favor do horário de verão para a economia de energia em Mato Grosso do Sul

Redação
Horário de verão é uma das alternativas de redução diante da crise hídrica no país

Para economizar energia diante da escassez de água e a crise hídrica do país, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agepan) é favorável ao retorno do horário de verão.

Segundo o diretor-presidente da Agepan, Carlos Alberto de Assis, o horário de verão é válido para o Estado, “principalmente neste cenário de crise hídrica que estamos enfrentando e é fundamental a economia de energia elétrica para evitar uma sobrecarga na distribuição”, afirma.

Já para o diretor de Gás, Energia e Aquário da Agência, Valter Almeida da Silva, toda economia de eletricidade é importante.

“O horário de verão é um instrumento que realmente traz benefícios ao setor elétrico. Desse modo, entendemos que também outros mecanismos de economia, como por exemplo, a campanha nacional de conscientização para redução de consumo, poderiam ser adotados pelos agentes do Setor Elétrico que compensariam a economia prevista com o retorno do horário de verão”, disse.

População é a favor

Para a educadora física Tássia Cruz, de 37 anos, o horário de verão é importante pela segurança e maior duração do dia.

“Além da funcionalidade de ter mais luz durante o dia e economizar na conta, o horário de verão é bom, porque podemos sair dos compromissos ainda com a luz do sol, o que ajuda também na segurança”, explicou.

“Penso que sobra mais tempo no dia para a prática de atividades como exercícios físicos e tempo de qualidade com pessoas que gostamos”, contou.

“Eu sempre gostei do horário, para ir mais cedo a escola ou trabalho com o clima fresco e voltava ainda com dia claro. Como mulher, me dava também uma segurança”, completou.

Já para a empresária Alzira Gavilla, o horário de verão é uma facilidade para donas de casa aproveitarem o dia e economizar eletricidade em casa.

“Para a mulher que é mãe, dona de casa, trabalhadora é muito bom, porque o dia parece ser mais longo, por exemplo, no fim da tarde, depois do expediente, está bem claro e nós pais podemos aproveitar essas horas para passear com os filhos nos parques e praças”, afirma a empresária.

Outras entidades do setor elétrico pedem o retorno da medida no país.

O relatório do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e o Instituto Clima e Sociedade (ICS) aponta que esta iniciativa levaria à redução de até 5% do consumo de eletricidade no início da noite.

As concessionárias de energia elétrica que atendem Mato Grosso do Sul preferiram não se posicionar sobre o assunto.

MME reitera que horário de verão não resulta em economia de energia

Um novo estudo encomendado pelo Ministério de Minas e Energia reitera avaliação anterior de que a adoção de horário de verão não resulta em “economia significativa de energia”, e que as medidas adotadas pelas autoridades do setor são suficientes para garantir o fornecimento de energia.

Em nota, o ministério informa que “considerando análises técnicas devidamente fundamentadas, o MME entende não haver benefício na aplicação do horário de verão e que as medidas tomadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG) têm se mostrado suficientes para garantir o fornecimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional de energia elétrica (SIN) na transição do período seco para o período úmido”.

De acordo com a pasta, a aplicação do horário de verão “não produz resultados na redução do consumo nem na demanda máxima de energia elétrica ou na mitigação de riscos de déficit de potência.

Além disso, na avaliação mais recente das condições de atendimento eletroenergético do SIN, realizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para este mês de outubro, verifica-se que o sistema se encontra com recursos energéticos suficientes para o adequado atendimento à potência”.

O MME acrescenta que, segundo os novos estudos, a redução observada no horário de maior consumo (entre as 18 e 21h) acaba sendo compensada pelo aumento da demanda em outros períodos do dia, em especial no início da manhã.

“Pelas prospecções realizadas pelo ONS, não haveria impacto sobre o atendimento da potência, pois o horário de verão não afeta o consumo no período da tarde, quando se observa a maior demanda do dia”, complementa a nota.

Via Correio do Estado

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